A descoberta do passado profissional do artista italiano Simone Legno, contratado pelo Vaticano para criar o mascote do Ano Santo de 2025, gerou polêmica entre os fiéis católicos.
Legno já trabalhou com produtos ligados ao Orgulho LGBT e a uma linha de brinquedos eróticos, em especial vibradores. As informações são do site italiano La Nuova Bussola Quotidiana.
O escritor Peter Kwasniewski, católico tradicionalista, descreveu o artista como “um degenerado moral”, cujo trabalho anterior era “quase pornográfico”. Ele afirmou que os 11 anos de pontificado do papa Francisco foram marcados pela “defesa cada vez mais estridente do indefensável, ignorando males que clamam ao céu por vingança”.
Legno se defendeu, ao dizer que é atacado por ambos os lados. “Há pessoas que me chamam de homofóbico por ter trabalhado com o Vaticano, enquanto outros me chamam de satanista porque há dez anos colaborei com uma linha de brinquedos sexuais”, disse, em publicação em seu perfil no Instagram.
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O mascote criado pelo artista foi nomeado como Luce, que significa “luz” em italiano. A personagem é uma jovem peregrina vestida com uma capa de chuva amarela, botas de borracha e um crucifixo no pescoço, enquanto segura um cajado de peregrino.
A figura, inspirada em desenhos japoneses, foi oficialmente apresentada pelo arcebispo Rino Fisichella, organizador do ano especial de peregrinação. O arcebispo destacou a conexão do mascote com a “cultura pop, tão amada pelos jovens”, e afirmou que seus grandes olhos luminosos simbolizam “a esperança que nasce no coração de cada peregrino”.
O artista disse que foi “uma honra imensa” colaborar com o Vaticano. “Nunca poderia imaginar que traria minha humilde contribuição artística, cultura pop, cultura kawaii, para a Santa Sé”, afirmou. “Sou extremamente grato ao Dicastério para a Evangelização por abrir suas portas para minha arte.”
O jubileu do Vaticano é um grande evento para a Igreja Católica, realizado a cada 25 anos. É esperado que atraia cerca de 25 milhões de turistas e peregrinos a Roma.