segunda-feira, setembro 30, 2024
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arte rupestre pode ter passado informações por 100 gerações

Uma análise de pinturas rupestres localizadas no interior de uma caverna no extremo sul da Argentina sugere que estas obras são muito mais antigas do que se imaginava. De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo trabalho, a arte rupestre ali localizada data de até 8.200 anos e pode ter servido como forma de comunicação através de 100 gerações.

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Os pesquisadores analisaram pequenos pedaços de pigmento preto dos desenhos antigos, que retratam humanos, animais e outras figuras. Como eles eram compostos por matéria vegetal, foi possível realizar uma análise por radiocarbono.

Especialistas explicam que, normalmente, é muito difícil datar a arte rupestre, a menos que exista um componente orgânico. Ainda lembram que a caverna em questão não é a ocupação mais antiga da América do Sul, mas é a mais antiga arte rupestre baseada em pigmentos datada diretamente por radiocarbono na América do Sul.

Na caverna, foram encontradas cerca de 900 pinturas. No entanto, não se sabe exatamente quem criou elas. Uma das teorias é de elas tenham servido, no passado, como forma de transmissão de informações por diversas gerações.

Esses desenhos abrangem mais ou menos 3.000 anos dentro de um único motivo. Propomos que houve uma transmissão de informação através de múltiplas gerações humanas, que habitavam a mesma região e o mesmo local.

Ramiro Barberena, arqueólogo da Universidade Católica de Temuco, no Chile e coautor do estudo

Pinturas antigas podem ter garantido sobrevivência dos povos antigos

Via Olhar Digital

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