A arrecadação de impostos voltou a subir na Argentina depois de oito meses consecutivos de queda. No total, o país recolheu 13,38 milhões de pesos em tributos, variação de 320,9% na comparação anual. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 3, pela Administração Federal de Ingressos Públicos (Afip).
Com isso, as receitas fiscais subiram cerca de 10% em termos reais em relação ao ano anterior, se descontada a inflação.
A arrecadação que mais cresceu foi a do Imposto Pais, que atingiu 563,1 milhões de pesos — alta de 1.239,3% nos últimos 12 meses.
Segundo a Afip, a alta expressiva se deve à ampliação da base tributária com as receitas aplicadas em operações de compra de moeda estrangeira para pagamento de importações, por meio das Bopreal (“Obrigações para Reconstrução de uma Argentina Livre”).
Em dezembro do ano passado, o Banco Central da Argentina anunciou a emissão de três séries de títulos denominados em dólares, com vencimentos em 2025, 2026 e 2027. A medida surgiu como uma tentativa do novo governo de reforçar as reservas estrangeiras para sair da crise econômica.
Imposto de Renda impulsionou arrecadação na Argentina
Além disso, os tributos recolhidos por meio do Imposto de Renda foram outro importante impulsionador da arrecadação federal no país. Ao todo, foram 5,51 milhões de pesos, alta de 585,8%.
O terceiro pilar de receitas foram os tributos relacionados à exportação, que totalizaram 751,2 milhões pesos, avanço de 323,4%. Em termos reais, o valor representa aumento de 11%, em meio à queda nos preços de cereais e de valorização da moeda.