O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), atendendo à solicitação do Ministério Público, decidiu arquivar o inquérito referente à morte de Lívia Gabriele da Silva Matos, de 19 anos. O incidente ocorreu durante um encontro no apartamento de Dimas Cândido de Oliveira Filho, jogador de 18 anos do time sub-20 do Corinthians.
O evento aconteceu em janeiro deste ano, quando Lívia sofreu um sangramento intenso durante uma relação sexual. A Promotoria não encontrou evidências de dolo, o que impossibilita a acusação contra o atleta do Corinthians.
Logo que iniciado o sangramento da vítima, o jogador acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Dimas também colaborou com o socorro, conforme destacou o promotor Leonardo Dantas Costa na decisão, obtida pelo jornal Folha de S.Paulo.
“Portanto, concluídas as investigações, tendo sido realizadas múltiplas e extensas diligências, colhidos percucientes elementos de informação, não há evidências que permitam concluir pela existência de crime doloso contra a vida”, afirmou Costa.
Segundo a Polícia Militar, Dimas disse que conheceu Lívia, estudante de enfermagem, por uma rede social e que mantiveram contato por um mês. Ele afirmou que não houve uso de drogas ou álcool e que não usaram objetos durante a relação.
Hemorragia depois de relação sexual com jogador do Corinthians
Lívia Gabriele sofreu um rompimento da bolsa de Douglas, uma membrana localizada entre o útero e o reto, o que resultou em sua morte por hemorragia. O acidente ocorreu depois de uma relação sexual com o jogador do Corinthians. Médicos afirmam que esse tipo de lesão é rara.
De acordo com Eduardo Siqueira, da Comissão de Sexologia da Febrasgo, lacerações podem ocorrer durante o ato sexual, principalmente em casos de falta de lubrificação ou intensidade excessiva.
A área é bastante vascularizada, o que pode levar a sangramentos severos. Normalmente, mulheres que sofrem esse tipo de lesão procuram atendimento médico para sutura e continuam suas vidas sexuais, segundo Siqueira.