O Ministério das Relações Exteriores da Armênia anunciou, nesta sexta-feira, 21, o reconhecimento do Estado da Palestina. Segundo a pasta, o objetivo é “a paz duradoura” no Oriente Médio.
“Reafirmando sua lealdade ao Direito Internacional e aos princípios de igualdade, soberania e coexistência pacífica dos povos, a República da Armênia reconhece o Estado da Palestina”, declarou a chancelaria, em comunicado. O governo armênio também se posicionou favorável a uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestino.
Os países que apoiam o Estado da Palestina
No fim de maio, Espanha, Irlanda e Noruega também reconheceram oficialmente a Palestina como Estado. Os países argumentam que contribuiriam para as negociações de paz, o que provocou a indignação de Tel-Aviv. No início de junho, a Eslovênia adotou a mesma medida.
De acordo com a lista fornecida pela Autoridade Palestina e os últimos anúncios feitos pelos governos, a Armênia é o 147º país membro da Organização das Nações Unidas (ONU) a reconhecer o Estado palestino. Em maio, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que pedia ao Conselho de Segurança que reconsiderasse dar ao país o status de membro pleno.
Hoje, o governo palestino é considerado Estado observador não membro. O Brasil e outros 142 países votaram a favor da resolução, enquanto nove, incluindo Estados Unidos e Israel, votaram contra. Outros 25 países se abstiveram.
Israel reage
O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou ter convocado o embaixador da Armênia em Tel-Aviv para “repreendê-lo severamente”. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já declarou ser contra a criação de um Estado palestino.
Quando a ONU aprovou a medida que pedia a inclusão plena da Palestina como membro, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, acusou a assembleia de rasgar a Carta da ONU.