Três meses após a posse de Javier Milei, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não dá sinais de que pretender visitar a Argentina. A aliados, o petista sinaliza que só pisará no país vizinho após gesto contundente do presidente argentino, como um pedido de desculpas. Lula e Milei nunca se falaram.
Fontes diplomáticas avaliam que, neste momento, uma visita de Lula ao país vizinho tem tudo para dar errado.
A resistência ainda é consequência dos ataques feitos pelo presidente argentino durante a campanha presidencial que o elegeu.
A proximidade de Milei com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também incentiva o distanciamento.
Milei chegou a chamar Lula de “corrupto” e “socialista com vocação totalitária”. Após eleito, no entanto, disse que o presidente brasileiro seria “bem-vindo” na posse. Mas o aceno não foi suficiente.
Lula não fez contato com Milei nem foi à cerimônia. Como representante do Brasil, enviou o chanceler Mauro Vieira, que tem buscado distensionar a relação em contato direto com a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino. Ela visitou o Brasil em novembro.
A autorização de Lula para o novo embaixador da Argentina, Guillermo Daniel Raimondi, foi recebida com entusiasmo por diplomatas dos países, que o consideram mais uma peça importante na aproximação entre os dois países.
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