A primeira reunião Sul-Americana de Diálogo entre Ministras e Ministros da Defesa e das Relações Exteriores, ocorrida nesta quarta-feira (22) em Brasília, acabou com uma nota pública pedida pela Argentina em apoio a Malvinas.
O assunto foi um dos temas da eleição argentina na reta final, quando a campanha do candidato governista Sergio Massa criticou as posições do presidente eleito, Javier Milei, sobre Margaret Thatcher, a primeira-ministra do Reino Unido que liderou o país contra a Argentina na Guerra das Malvinas.
No documento, intitulado “Declaração Especial sobre a Questão das Ilhas Malvinas”, os países que participaram do encontro “reiteraram o interesse regional na retomada de negociações bilaterais que permitam, o quanto antes, que a prolongada disputa de soberania sobre a questão das Ilhas Malvinas chegue a uma solução de acordo com as resoluções pertinentes das Nações Unidas e as declarações da Organização dos Estados Americanos, do Mercosul, entre outros foros regionais e multilaterais”.
O documento diz ainda que “a presença militar do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte nas Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul e nas áreas marítimas circundantes é contrária à política da região de adesão a uma solução pacífica para a disputa de soberania e reiteraram seu apelo para retomar as negociações em busca de uma solução definitiva e para pôr fim às atividades unilaterais britânicas na área disputada que violam as resoluções da Assembleia Geral da ONU, especialmente as resoluções 31/49 e 41/11”.
Assinaram o documento representantes de 11 países:
- Uruguai,
- Equador,
- Brasil,
- Suriname,
- Peru,
- Paraguai,
- Venezuela,
- Bolívia,
- Colômbia,
- Chile,
- e Guiana.
Da Argentina, vieram Pablo Tettamanti, vice-ministro das Relações Exteriores, e Francisco Cafiero, secretário de Relações Exteriores para Defesa.
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