A Argentina reafirmou que reconhece a vitória Edmundo González nas eleições presidenciais na Venezuela. Nesta quarta-feira 7, o Ministério das Relações Exteriores argentino também denunciou, por meio de comunicado, a perseguição e detenções de opositores do ditador Nicolás Maduro.
“O governo argentino conclui inequivocamente que o vencedor da eleição presidencial na Venezuela em 28 de julho é Edmundo González Urrutia”, afirma o documento oficial.
Argentina condena perseguição política na Venezuela
A declaração também condena as acusações criminais contra González e a principal líder da oposição, além da detenção de importantes figuras políticas, jornalistas e trabalhadores da imprensa.
O texto pede ainda o “pronto restabelecimento” do fornecimento de eletricidade à Embaixada argentina em Caracas, que está interrompido há mais de uma semana. Desde março, seis opositores, cinco deles da campanha de María Corina Machado, se refugiam na embaixada, devido a mandatos de prisão por suposto planejamento de golpe de Estado.
Mudança na custódia diplomática
Com a expulsão dos diplomatas argentinos pelo governo Maduro, a missão argentina está sob custódia da diplomacia brasileira. Os brasileiros assumiram as funções diplomáticas na Venezuela.
Na terça-feira 1º, o porta-voz do governo argentino, Manuel Adorni, informou que não estava “em posição de proclamar qualquer vencedor” até ter todos os elementos necessários.
Ele também mencionou a possibilidade de uma cúpula latino-americana sobre a situação na Venezuela. O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, endossou a proposta.
Declaração oficial da chanceler argentina
A chanceler argentina, Diana Mondino, declarou González como “o legítimo vencedor e presidente eleito”, posição semelhante à do chefe da diplomacia americana, Antony Blinken.
No entanto, o ministério argentino afirmou que o governo de Milei “estava acompanhando os acontecimentos na Venezuela com extrema atenção e preocupação antes de fazer uma declaração definitiva”.