sexta-feira, dezembro 20, 2024
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Aprovados no ITA falam sobre rotina de estudos: “Pensei em desistir“

O vestibular do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) é conhecido por ser um dos mais difíceis do país. Nesta quinta-feira (19), saiu o resultado da edição para 2025. A CNN reuniu o depoimento de cinco estudantes que passaram na prova para mostrar os segredos dos aprovados.

Nos depoimentos dos estudantes, percebemos que eles têm em comum a constância nos estudos e a prática de simulados. Confira:

Elias se preparava para o ITA há três anos. Ele tinha uma rotina de estudos sólida: começava a estudar às 8h e ia até às 12h. Na parte da tarde, ia para a aula no cursinho Poliedro e raramente estudava depois das 21h.

“Neste último ano, foquei mais em fazer exercícios, pois já tinha as anotações do ano passado. Fiz mais as provas antigas do ITA, algo que tinha deixado de lado nos anos anteriores. Além disso, tirei mais dúvidas com meus amigos. Também fiz atividades físicas frequentemente e descansei mais, principalmente perto das provas”.

Ana Paula foi uma das oito mulheres aprovadas no ITA, de um total de 180 vagas. Sua rotina incluía estudar o conteúdo mais difícil pela manhã, aprender matérias novas pela tarde e estudar os assuntos que mais gostava à noite, quando já estava cansada.

Fazer bizuários coloridos e com os conteúdos misturados era uma diversão para mim e me ajudava na hora da revisão. Resolver de quatro a cinco provas antigas de segunda fase na reta final foi um esforço que fez uma diferença absurda também.”

A estudante ainda ressaltou a importância de estudar com os colegas. “Estudar junto com os amigos é uma atividade que faz você suportar uma ou duas horas a mais de estudo, algo que normalmente não conseguiria se estivesse sozinho.”

O estudante contou que se preparou para o ITA desde o ensino médio, mas que não tinha uma rotina muito regrada. “Em alguns dias, eu estudava por várias horas seguidas, e, em outros, muito pouco. Meu maior desafio ao longo desses anos foi tentar alcançar constância nos estudos“.

Além disso, a família e os amigos foram importantes nesse processo. “Ao longo desses anos, nas várias vezes em que pensei em desistir, eram eles que me animavam a continuar tentando. Nos momentos felizes com meus amigos da turma ITA [no cursinho], eu lembrava do porquê meu sonho era esse”.

Rickelme conta que seu maior desafio foi, além de manter disciplina nos estudos, o autoconhecimento. “A busca por autoconhecimento — para entender como eu aprendia melhor, como me concentrava e quais emoções e demandas permeavam o vestibular para mim — foi tão importante quanto dedicar horas e horas aos estudos. Essa reflexão me permitiu identificar pontos onde poderia evoluir, mesmo após vários anos de tentativa, aprimorando minha forma de aprender e de organizar o planejamento do meu dia a dia”, disse.

No início da preparação, a rotina de estudos de Pedro Lucas era muito intensa, chegando a ultrapassar 10h por dia. Depois, ele percebeu que a qualidade era mais importante do que a quantidade e passou a “focar em preencher lacunas no aprendizado, basear estudos nos simulados e priorizar a saúde mental para estar bem no dia da prova“.

O estudante ressaltou a importância dos professores na preparação para o vestibular, que levavam para a sala de aula questões pertinentes para a prova. “Por exemplo, o professor João Marcos, o melhor professor que já tive, acertou cerca de seis das doze questões da primeira fase, trazendo em sala de aula exercícios quase idênticos aos da prova”.

primeira fase aconteceu no dia 13 de outubro. O exame tinha 48 questões, sendo 12 de matemática, 12 de física, 12 de química e 12 de inglês.

Já a segunda fase foi em novembro, com quatro dias de provas discursivas de matemática, física, química e português e redação, sendo cada dia com uma prova.

Via CNN

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