O palácio do Itamaraty está preparando uma resposta diplomática para Israel, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser declarado “persona non grata”, por comparar a ação na Faixa de Gaza contra o Hamas ao holocausto.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deve fazer uma declaração sobre o caso ainda nesta segunda-feira (19).
A estratégia foi definida durante reunião de Lula com o assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim, ministros e auxiliares, no Palácio da Alvorada.
Durante o encontro, Lula deixou claro que quer manter o posicionamento contra as ações do governo israelense, mas quer reforçar que a crítica não se estende ao povo judeu.
Fontes do Planalto avaliam que a fala de Lula pode ter sido mal interpretada, mas que a reação de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, foi desproporcional.
Em um discurso na Conferência dos Presidentes das Principais Organizações Judaicas Americanas, o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu criticou duramente o presidente Lula.
“Hoje, o presidente do Brasil, comparou a guerra de Israel em Gaza contra o Hamas – uma organização terrorista e genocida – ao Holocausto. O presidente Silva desonrou a memória de 6 milhões de judeus assassinados pelos nazistas. E demonizou o estado judeu como o antissemita mais virulento. Ele deveria ter vergonha de si mesmo”, afirmou Netanyahu.
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