O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer evitar causar um novo mal-estar e tem defendido que as Forças Armadas tenham participação atuante em um eventual novo Plano de Segurança Pública.
Lula tem mantido contato por telefone com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. O presidente aguarda um planejamento elaborado pela Marinha e pela Aeronáutica sobre reforços no Rio de Janeiro.
A expectativa é de que um a reunião de planejamento ocorra até quinta-feira (2) para, só depois, um plano robusto ser divulgado.
No lançamento do pacote anterior, no início de outubro, houve críticas sobre a ausência das Forças Armadas, já que o plano ficou concentrado no Ministério da Justiça.
A crítica feita por assessores do governo é de que o ministro da Justiça, Flávio Dino, acelerou o processo devido a uma expectativa de indicação para a Suprema Corte.
Lula disse na sexta-feira (27) que não pretende recorrer a decretos de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e arregimentar militares para agirem em comunidades violentas.
O presidente, no entanto, considera que reforçado pontuais, principalmente nas fronteiras e em aeroportos, são exitosos para evitar o aumento da insegurança.
O petista está preocupado com os cenários de violência na Bahia e no Rio de Janeiro e tem falado pelo telefone com os governadores dos dois estados.
O receio é de que um aumento da insegurança possa ter impactos eleitorais para a esquerda nas eleições do ano que vem.
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