Depois de perder o comando do ministério da Justiça e ver seus quadros desalojados do 2º escalão da pasta, o PSB reclama agora do tratamento dispensado ao partido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Dirigentes e parlamentares ouvidos pela CNN dizem que a sigla seguirá apoiando a agenda do Palácio do Planalto no Congresso, mas alertam que a relação com o PT “chegou ao limite”.
“Temos o espaço que o PT acha que merecemos. Vamos seguir ajudando, mas o clima é de insatisfação. Muitas vezes nem somos chamados para conversar e ficamos sabendo das decisões (de Lula) pela imprensa”, disse à CNN o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), que liderou a bancada do PSB na Câmara em 2023 e integra a direção nacional pessebista.
Com a ida de Flávio Dino (PSB) para o STF, o novo titular da Justiça, Ricardo Lewandowski dispensou Ricardo Capelli da secretaria executiva, Tadeu Alencar da Secretaria Nacional de Segurança Pública e Augusto Arruda Botelho da Secretaria Nacional de Justiça – todos nomes indicados pelo PSB.
O único membro do PSB que ficou na pasta foi Elias Vaz, o Secretário de Assuntos Legislativos.
Para reduzir danos na relação com o PSB, Lula costurou a indicação de Capelli para a presidência da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que é subordinada ao Ministério de Desenvolvimento Econômico, pasta comandada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
O PSB também perdeu Portos e Aeroportos, mas hoje comanda o Ministério da Microempresa e Empreendedorismo, com Márcio França à frente.
Dirigentes da sigla dizem que o PCdoB, que tem apenas 6 deputados, ocupa uma pasta mais relevante, a Ciência e Tecnologia. O PSB tem 12 deputados federais.
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