Rodrigo de Aquino é o novo secretário de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A nomeação saiu nesta segunda-feira (27) no Diário Oficial da União.
O posto é o terceiro mais importante na hierarquia da agência. Fica abaixo apenas do diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, e do diretor-adjunto, Alessandro Moretti, ambos delegados da Polícia Federal (PF).
Aquino sucede a Paulo Maurício Fortunato, um dos alvos da operação da PF — ocorrida em outubro — contra servidores da Abin suspeitos de usar ilegalmente de um sistema de espionagem.
Adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e jornalistas estariam entre os alvos do monitoramento ilegal, segundo a investigação.
Na ocasião, Fortunato foi afastado do cargo por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que emitiu ainda um mandado de busca e apreensão na casa do então 03.
Ao todo, durante a operação, a PF cumpriu dois mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão.
A PF investiga a possível participação de Fortunato num esquema de espionagem ilícito entre 2019 e 2021.
A CNN apurou que, aproximadamente, 30 mil números de telefone teriam sido monitorados sem autorização judicial. Entre os espionados, estariam políticos, advogados, integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) e jornalistas.
Nomeado por Corrêa, o nome de Paulo Maurício Fortunato no alto posto da Abin foi alvo de críticas desde sua indicação, em abril deste ano. Ele atuava como diretor de operações da agência durante o governo Bolsonaro.
A CNN não encontrou a defesa de Paulo Fortunato. O espaço segue aberto.
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