No mesmo dia em que o governo federal mudou a presidência da Caixa, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que taxa offshores e fundos exclusivos com adesão majoritária dos partidos do centrão.
Tanto PP e Republicanos, contemplados com um ministério cada neste segundo semestre, deram pelo menos 30 votos cada ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com taxa de governismo superior a 70%.
Dos 41 deputados do PP presentes ao plenário na quarta-feira (25), 30 votaram com o governo e 10 foram contrários – o presidente da Casa, Arthur Lira (AL), conduz os trabalhos e não vota. Ou seja, para cada opositor na bancada, outros três apoiaram a medida.
O PP indicou o novo presidente da Caixa, Carlos Vieira, anunciado oficialmente como substituto de Rita Serrano horas antes do início da sessão na Câmara que aprovou a chamada taxação dos super ricos. Vieira é funcionário de carreira do banco.
No caso de Republicanos, a adesão beirou os 90%. De 37 parlamentares presentes, 33 votaram com o governo e apenas 3 se opuseram à proposta, uma das principais medidas para o governo aumentar a arrecadação a fim de conseguir cumprir as metas previstas nas novas regras fiscais.
Ambas as siglas, que ocupam respectivamente as pastas de Esporte e de Portos e Aeroportos, foram mais governistas do que o União Brasil, ocupante de três cadeiras na Esplanada. A bancada contou com 48 votantes, dos quais 33 se alinharam ao governo e 15 foram contrários. Ainda assim, a taxa de adesão foi de 69%.
À exceção dos partidos de esquerda (PT, PDT, PSB, PSOL, PC do B, PV e Rede), que entregaram 100% dos votos dos presentes a favor da proposta, a maior adesão foi do PSD, partido do relator da proposta, deputado Pedro Paulo (RJ).
Apenas 2 dos 38 parlamentares da bancada foram contra o texto, taxa de 95% de apoio. O MDB ficou com 82%: foram 28 votos favoráveis, 5 contra e o único caso de abstenção na votação da proposta.
Até PSDB e Cidadania, que têm um histórico de oposição aos governos do PT, foram majoritariamente favoráveis ao projeto de lei, com 75% e 67% de adesão, respectivamente.
Na oposição, o PL chegou a dar 12 votos favoráveis, mas 73 dos 85 deputados presentes se posicionou contra a taxação das offshores e fundos exclusivos. O Novo foi a única bancada 100% contra a proposta, com seus três integrantes votando contra o governo.
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