A defesa de Jair Renan Bolsonaro deve alegar à justiça que o filho do ex-presidente foi vítima de estelionato e não autor de crimes.
Nesta quinta-feira (15), a Polícia Civil do Distrito Federal divulgou que Jair Renan e o sócio Maciel Alves de Carvalho foram indiciados sob acusação de que usaram o nome de “laranjas” para obter empréstimos bancários por meio de uma empresa que teria os dois como os verdadeiros donos.
“Não estou falando sobre isso a não ser que ele [Jair Renan] foi vítima de um estelionatário”, afirmou o advogado Admar Gonzaga à CNN.
O estelionatário, na versão do advogado, seria Maciel Alves.
Jair Renan e Maciel teriam se conhecido quando o filho de Bolsonaro ainda era adolescente.
Maciel é pastor e também atua como influencer na internet. Amigos do filho do presidente dizem que ele sofria muitos problemas emocionais devido à relação dos pais separados e que não percebeu que estava caindo em um golpe de quem queria utilizar sua imagem, devido ao sobrenome.
“O Renan é um meninão, carinhoso, imaturo demais. Esse cara se aproximou dele, era professor de tiro, começou a levar ele para igreja, foi envolvendo o Renan emocionalmente. O Renan o agradece até hoje por ter apresentado a igreja. Mas [Maciel] é um estelionatário”, sustenta à CNN uma pessoa próxima de Jair Renan.
Estratégia da defesa
A estratégia dos advogados é alegar que Renan foi induzido a abrir conta bancária e que teve assinatura falsificada por Maciel Alves. O filho do ex-presidente argumenta ainda que vem sendo chantageado pelo ex-amigo.
A investigação da Polícia Civil, no entanto, concluiu se tratar de um grupo criminoso do qual Jair Renan faria parte. O inquérito durou 8 meses, período em que houve depoimentos, buscas e apreensões, incluindo celular e HD de Jair Renan.
O caso agora irá para o Ministério Público do Distrito Federal, onde a defesa poderá apresentar novas manifestações e tem como estratégia acusar Maciel Alves.
Outro lado
A CNN procurou a defesa de Maciel Alves de Carvalho e aguarda retorno. O advogado Pedrinho Villard afirmou nesta quinta-feira que influenciar já foi absolvido na Justiça das primeiras acusações e que o inquérito de momento destacaria fatos semelhantes.
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