No dia seguinte à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com três ministros da Corte.
Participaram do encontro no Palácio da Alvorada, na noite desta quinta-feira (23), os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, além dos ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias — ambos cotados para assumir uma cadeira no STF.
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, não participou da reunião porque tinha um compromisso agendado no Rio de Janeiro. Mais cedo, nesta quinta-feira (23), Barroso havia se reunido com Lula no Palácio do Planalto.
Um dos magistrados disse à CNN, em caráter reservado, que a reunião foi “excelente”.
Segundo apurou a CNN, Lula afirmou aos ministros que não foi informado a respeito do voto do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), dando aval à proposta. Mais cedo, ao se reunir com Barroso, Lula também informou que não havia sido comunicado sobre o posicionamento de Wagner.
A avaliação dos ministros levada ao presidente foi a de que, na prática, ao declarar seu voto favorável à proposta, o senador deu uma sinalização à base governista de que o Palácio do Planalto apoiava o texto.
Senadores da base, como Otto Alencar (PSD-BA) e Angelo Coronel (PSD-BA), também chancelaram a aprovação da PEC.
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