Lorrane Oliveira, ginasta brasileira de 26 anos, ajudou a equipe do Brasil a conquistar a primeira medalha olímpica na história da ginástica artística, com destaque nas barras assimétricas. A final por equipes ocorreu nesta terça-feira, 30, em Paris.
A trajetória de Lorrane até a medalha, sem dúvida, foi marcada por desafios. Em abril, poucos meses antes das Olimpíadas, ela perdeu sua irmã mais nova, Maria Luiza, de 21 anos. A causa da morte não foi divulgada.
“Eu tô completamente sem chão, e procurando maneiras para entender como vou seguir minha vida sem você”, escreveu Lorrane em uma rede social.
Um dia depois da conquista, nesta quarta-feira, 31, Maria Luiza completaria 22 anos. A ginasta dona da medalha de bronze homenageou a irmã no Instagram. “Se você estivesse aqui, diria pro mundo que o melhor presente de aniversário foi essa medalha olímpica”, escreveu.
“Seu orgulho e amor por mim eram imensos. Mas sei que, aí do céu, está orgulhosa e muito feliz. Pra sempre vou te amar, minha estrela”.
Lorrane Oliveira passou pelo luto e superou depressão
Mesmo em luto, Lorrane continuou sua preparação para a competição. Ao saber do resultado final, não conteve as lágrimas.
Além da situação familiar, ela enfrentou depressão durante os treinos. “Não temos apenas a vida de ginasta, temos uma vida fora daqui”, revelou a ginasta em entrevista ao UOL. “Tive problemas fora do ginásio e estava muito desanimada para treinar. Tive depressão”.
A ginasta contou que, durante os treinos, sofreu com crises de ansiedade. Ela recebeu apoio da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), do Comitê Olímpico do Brasil (COB), psicólogos e médicos.
Nascida no Rio de Janeiro em 1998, Lorrane começou sua carreira em um projeto de ONG, inspirada por Daiane dos Santos.