sexta-feira, novembro 22, 2024
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Animal é imune à radiação de Chernobyl, aponta estudo

Quase 40 anos depois do desastre nuclear de Chernobyl, o episódio continua gerando impactos na vida selvagem. Isso porque, enquanto os seres humanos foram evacuados, muitos animais continuaram vivendo na região. Um novo estudo indica que vermes microscópicos encontrados no local se tornaram resistentes à radiação.

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Efeitos da radiação em Chernobyl ainda não são totalmente conhecidos pela ciência (Imagem: Vladyslav Cherkasenko/Unsplash)

DNA dos animais não identificou qualquer dano provocado pela radiação

O trabalho foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos. Eles coletaram os animais na Zona de Exclusão de Chernobyl e as conclusões surpreenderam os especialistas.

A ideia inicial era investigar os efeitos da radiação nos nematoides, pequenos vermes com genomas simples e ciclos de vida curtos. A coleta de amostras foi realizada em 2019, com a colaboração de cientistas ucranianos e norte-americanos.

Ao analisar os exemplares, eles descobriram que os genomas dos nematoides não mostravam sinais de danos causados pelos altos índices de radiação. Segundo os pesquisadores, isso não indica que Chernobyl seja um ambiente seguro, e sim que os animais em questão podem possuir mecanismos de reparo de DNA excepcionalmente eficazes.

O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. As informações são do ScienceAlert.

Vermes nematoides se tornaram resistentes à radiação (Imagem: Sophia Tintori)

Importância da descoberta

  • A descoberta dos cientistas desafia as previsões anteriores e é importante para avaliar o impacto da radiação crônica na evolução das espécies em ambientes extremos.
  • Segundo cientistas, o trabalho representa um avanço significativo também para a pesquisa médica e ambiental.
  • Além disso, indica que a variação na reparação do DNA entre os nematoides pode fornecer informações valiosas sobre a resposta humana à radiação e ao câncer.
  • A forma como os diferentes indivíduos de uma espécie respondem aos danos no material genético é considerada crucial para entender os fatores de risco humanos.

Via Olhar Digital

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