A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou um novo alerta sobre e-mails falsos. O órgão recomenda aos usuários de internet que não abram anexos e não acessem links de supostas multas por eventuais conexões ao Twitter/X via Virtual Private Network (VPN).
Em comunicado nesta última quarta-feira, 4, a Anatel avisa: “Se receber uma mensagem desse tipo, não abra nenhum arquivo anexado, não clique em nenhum link e exclua a mensagem”.
A agência faz referência a uma técnica conhecida como pishing. Criminosos usam essa técnica para enviar links ou anexos que simulam o endereço eletrônico de remetentes confiáveis. São os casos, por exemplo, de operadoras de telefonia e cartão de crédito e instituições do Judiciário.
Ao acreditar que a mensagem é de fonte segura, a vítima clica no link ou abre o anexo. Assim, corre o risco de ter seus dados pessoais capturados por golpistas que poderão usar as informações em fraudes financeiras.
VPN permite acesso de outro país
A nova tentativa de golpe, com mensagens fraudulentas, surgiu depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes proibiu o uso do VPN para acessar a rede social Twitter/X.
Conforme determinação de Moraes, o descumprimento da ordem está sujeito a uma multa de R$ 50 mil. O VPN é um software que direciona os dados do usuário a um servidor intermediário de outro país.
Twitter/X descumpriu ordens, diz ministro
Por meio deste recurso, um celular, mesmo estando no Brasil, poderá acessar a rede social como se estivesse no exterior. A proibição do acesso foi determinada na última sexta-feira, 30, quando o ministro mandou bloquear a rede social.
Moraes justificou a ordem ao dizer que a plataforma se recusou a informar quem seriam seus representantes legais no Brasil. Além disso, o magistrado acrescentou que a empresa descumpriu exigências quanto à remoção de conteúdos e perfis com discursos de ódio.
A 1ª Turma do STF decidiu, na última segunda-feira, 2, manter a suspensão do Twitter/X no país. Os ministros Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino concordaram com o relator Alexandre de Moraes. Ou seja, a decisão foi unânime.
O Twitter/X, no entanto, tinha equipe do Brasil. A rede social deixou de ter representante legal local depois de o empresário Elon Musk decidir tirar a equipe do país. Para isso, ele alegou risco de prisão dos colaboradores.