O prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado Guilherme Boulos (Psol) traçaram estratégias opostas na pré-campanha pela prefeitura de São Paulo.
Enquanto o atual chefe do executivo investe um perfil de “radical de centro” – expressão do deputado Baleia Rossi, presidente do MDB e coordenador da pré-campanha – e desvia do selo de bolsonarista, o seu adversário aposta no conceito de “frente ampla do campo democrático” para polarizar nacionalmente a disputa.
Segundo fontes da pré-campanha do emedebista, o ex-presidente Jair Bolsonaro não deve ser protagonista, pelo menos por enquanto.
A ideia no entorno de Nunes é apresentar a gestão, ou seja, capitalizar as obras a ações da prefeitura, e evitar o tom de campanha antecipada, o que só interessaria a Boulos.
Trata-se de uma tática recorrente de pré-candidatos que disputam à reeleição e contam com a retaguarda da máquina.
Quem está no cargo tem mídia espontânea garantida sem precisar criar fatos políticos.
Já o campo de Boulos vem explorando nas redes o mote “Bolsonunes” para tentar atrelar a rejeição do ex-presidente ao prefeito.
Petistas lembram que Bolsonaro perdeu para Lula na capital em 2022 e avaliam que o eleitor da capital rejeita o discurso radicalizado da extrema direita.
O time de Nunes sabe disso, tanto que tentou trazer Marta Suplicy para ser vice do prefeito, movimento que teve o aval até do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
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