A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) exigiu inspeções de todos os modelos do avião 787 Dreamliner, da Boeing. O órgão investiga o mergulho repentino de uma dessas aeronaves durante voo da Latam, em março de 2024. A brusca manobra deixou 50 pessoas feridas.
O órgão se equivale à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no Brasil.
Na ocasião, o assento do piloto do 787 realizou um movimento não programado durante percurso entre a Austrália e a Nova Zelândia. Esse movimento acionou o interruptor que desliga o piloto automático, de maneira a causar a perda súbita de altitude do avião.
De acordo com o relatório preliminar da Latam, a aeronave perdeu 120 metros de altitude antes de o copiloto retomar o controle da navegação.
A emissora norte-americana CBS News afirmou que a FAA emitiu uma diretriz de aeronavegabilidade do modelo 787.
O órgão exigiu que os operadores inspecionassem os assentos dos comandantes, em busca de tampas soltas e rachaduras que cubram o interruptor.
A agência deu um prazo de 30 dias para realizar as investigações e tomar as medidas cabíveis para resolver a situação. Além desse caso, a organização informou que recebeu outras quatro reclamações sobre movimentos não programados.
Alguns dias depois do incidente, a Boeing já havia recomendado a inspeção das aeronaves por parte das companhias aéreas. O objetivo também seria encontrar irregularidades no cockpit dos comandantes.
Administração também pediu avaliação nos dutos antigelo do motor do Boeing 787
Além da inspeção nos assentos do piloto e do copiloto, a FAA exigiu que os sistemas de antigelo do Boeing 787 também fossem verificados.
A administração pediu a avaliação depois de um relatório de danos a múltiplas entradas do motor, por causa de vedações ausentes ou por degradação ao redor dos dutos.
A Boeing informou, em boletim enviado às companhias aéreas, que havia solucionado o problema das entradas em 2023.