sábado, novembro 23, 2024
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Amorim quer que Lula desista de blindados israelenses

Conforme notícia publicada nesta segunda-feira, 2, pelo site UOL, o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, convenceu o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a retardar a compra de 36 tanques blindados fabricados por Israel.

O Exército brasileiro investe em um programa de modernização de sua infantaria mecanizada desde 2017. A licitação internacional foi vencida pela empresa israelense Elbit Systems. Contudo, o ex-chanceler influenciou o presidente Lula a postergar o fechamento do negócio.

Os familiares dos reféns mortos solicitam que Benjamin Netanyahu se encontre com todas os parentes dos sequestrados e assassinados
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou Lula de ‘persona non grata‘ depois de o brasileiro criticar a resposta israelense ao terrorismo do Hamas | Foto: Reprodução/Twitter/X/@Forbes

Amorim teria usado como argumento as críticas que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez a Lula por ocasião da crise no Oriente Médio, quando chamou Lula de “persona non grata“. 

A crítica de Netanyahu se deveu ao comentário de Lula, que, à época do conflito, comparou o revide de Israel, ao grupo terrorista Hamas, a um novo Holocausto. 

Na visão do ex-chanceler, principal conselheiro de Lula para assuntos internacionais, não faz sentido seguir com negociações com um país que destrata seu principal líder.

Amorim desagrada Exército

A suspensão do negócio deixou o Exército descontente. O equipamento israelense foi considerado tecnicamente muito superior aos concorrentes. A compra das armas de guerra, chamadas de viaturas blindadas de combate obuseiro, está avaliada em R$ 1 bilhão.

A aquisição é essencial para o Programa Forças Blindadas, pois deixaria o Brasil na liderança da infantaria nas Américas, atrás apenas dos Estados Unidos.

Blindado israelense durante operação no Oriente Médio | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons
Blindado israelense em operação no Oriente Médio: licitação vencida por Israel, mas dificuldades no Brasil por motivos políticos | Foto: Reprodução/ Wikimedia Commons

A implementação do programa no Brasil necessita de uma série de mudanças nos processos do Exército. Isso inclui treinamentos da tropa e nova doutrina de operação de uma série de blindados. A interrupção da compra, portanto, atrasa o cronograma e compromete a modernização da frota.

O impasse sobre a compra dos blindados se arrasta desde abril e fez o ministro da Defesa, José Múcio, entrar no circuito para tentar convencer Lula a deixar de lado as críticas de Netanyahu.

Via Revista Oeste

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