Uma ameaça de ataque com bomba no final da noite do domingo 26 obrigou a Bélgica a fechar cerca de 30 escolas nesta segunda-feira, 27.
Ao menos 10 mil alunos estão sem aula, de acordo com uma estimativa da Wallonia-Brussels Education (WBE), rede que administra instituições de ensino na região francófona da Bélgica.
Além de escolas, faculdades de Bruxelas e da província de Brabante Valão também fecharam. “Ontem à noite, fomos informados por vários diretores de escola sobre o recebimento de um e-mail ‘ameaçador’”, disse Julien Nicaise, administrador geral da WBE, ao canal belga RTBF.
Escolas da Bélgica devem reabrir na próxima terça-feira, 28
De acordo com a rádio francesa RFI, as mensagens tratavam de um possível uso de “explosivos caso não houvesse o pagamento de um resgate”. Os estabelecimentos então foram fechados por precaução. Os pais foram orientados pelas escolas a deixarem seus filhos em casa nesta segunda.
O remetente disse que daria a localização de cinco bombas se € 10 milhões fossem transferidos para uma conta bancária indicada.
“A WBE está em contato com as autoridades competentes e a situação está sendo avaliada”, disse ainda Nicaise. “Vários estabelecimentos já foram ou estão sendo vasculhados. A situação continuará sendo monitorada ao longo do dia.”
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Segundo a agência Reuters, as escolas devem reabrir na terça-feira, 28. Esta não é a primeira ameaça com bomba às escolas da Bélgica. No início de novembro, depois da volta do feriado do Dia de Todos os Santos, duas escolas foram esvaziadas em Charleroi e Dinant, na Valônia, depois de ameaças enviadas por e-mail.
Na ocasião, nenhum artefato explosivo foi encontrado. A WBE lamentou o aumento de alertas “nas últimas semanas e as dificuldades que eles provocam”. A RFI estima as ameaças aumentaram desde o atentado terrorista islâmico que matou um professor em Arras, no norte da França, em 13 de outubro.
O terrorista fez uma menção ao ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, onde 1,2 mil foram mortos e 240 sequestrados, antes de esfaquear o docente. A França registrou cerca de 800 ameaças de bomba entre setembro e novembro, quando se inicia o ano letivo.