O Ambulatório de Transexualidade do Hospital Getúlio Vargas (HGV) iniciou, nessa segunda-feira (14), uma série de atividades em referência ao “Outubro para quem tem Mama”, por meio do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde Equidade). O programa, que existe desde 2010, tem como objetivo fomentar parcerias entre instituições de ensino superior, sejam públicas ou privadas, e temas que o Ministério da Saúde considera essenciais. Para o biênio 2024-2026, o foco é a equidade de raça, gênero, sexualidade, etnias e deficiências, com ênfase na capacitação dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS).
A coordenadora do Comitê Acadêmico do HGV, Gisella Serafim, ressaltou que a ação englobou a participação de homens e mulheres trans, mulheres de terreiro, venezuelanas e pessoas autistas. “É uma forma de educação para os trabalhadores do SUS, não diretamente aos usuários”, explicou.
Zilma Bento, psicóloga do ambulatório, destacou a continuidade das ações voltadas para o “Outubro para quem tem Mama”, com atividades de conscientização para homens e mulheres trans no Consultório Trans Makelly Castro. “Distribuímos folders e promovemos o autoexame como parte da sensibilização sobre a importância da prevenção”, disse.
O ambulatório conta com uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, endocrinologistas, ginecologistas e urologistas, oferecendo atendimento especializado para a população trans.
A diretora do Ambulatório Azul, Iolete Cunha, destacou o desafio de atrair esse público para os serviços disponíveis desde 2014. “Precisamos que a população trans conheça e busque esse atendimento gratuito e qualificado”, afirmou, reforçando o convite para que pessoas trans procurem o acompanhamento profissional oferecido pelo laboratório trans do HGV.