domingo, setembro 29, 2024
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Amazônia registra pior temporada de queimadas em 17 anos

O céu cinza em Manaus reflete a pior temporada de queimadas na Amazônia em 17 anos. Desde janeiro, a floresta registrou 59 mil focos de fogo em mais de mil cidades brasileiras, o maior número desde 2008.

Esse volume também se soma ao do Pantanal, de Rondônia e da Bolívia. Juntos, os focos de incêndio formam uma densa camada escura na atmosfera, que é arrastada para o restante do mapa formando um “corredor de fumaça”.

Estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Oeste do Paraná, parte de Minas Gerais, trechos de São Paulo e Amazonas já sentem os efeitos das queimadas.

A principal causa é a intensidade dos incêndios. Em agosto, a Amazônia Legal teve mais de 22 mil focos de incêndio, contra 12 mil no mesmo período do ano passado. Esse é o pior cenário para a floresta em 17 anos. No resto do país, a situação também é crítica, com o maior número de focos de incêndio da última década.

Seca piora cenário de queimadas

A seca também contribui para o agravamento dos incêndios. Normalmente, a estiagem ocorre de agosto a outubro, com pico em setembro, mas neste ano começou antes, em julho.

O fenômeno El Niño, que causou um déficit hídrico em 2023, e o aquecimento do Atlântico são fatores que contribuem para a falta de umidade e o aumento das temperaturas.

De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), mais de mil cidades estão em situação de estiagem, que varia de severa a moderada. Na Amazônia, mais de 60% dos municípios estão nessa condição, o que torna o território mais suscetível ao fogo.

Via Revista Oeste

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