quarta-feira, novembro 20, 2024
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Amazonas decreta emergência devido à seca no Estado

O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), decretou situação de emergência em saúde pública em todos os 62 municípios amazonenses devido à estiagem. A decisão ocorreu durante a reunião do Comitê de Enfrentamento à Estiagem, nesta quarta-feira, 28.

De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), a região deve enfrentar a pior seca nos últimos 44 anos.

Desde julho, o governo já havia reconhecido a situação de emergência em 20 cidades nas regiões dos rios Juruá, Purus e Alto Solimões.

Um dos decretos assinados estende a medida para os outros 42 municípios, e outro reconhece todo o Estado em situação de emergência em saúde pública devido ao risco sanitário causado pela baixa das águas dos rios e pela dificuldade no acesso aos serviços de saúde nas localidades mais afetadas.

Segundo a Defesa Civil do Amazonas, mais de 300 mil pessoas e cerca de 77 famílias são afetadas pela estiagem. Os amazonenses já sentem os impactos nos transportes, no abastecimento e na saúde.

Para controlar a situação, uma usina de oxigênio foi instalada no município de Envira. Além disso, 200 volumes de medicamentos foram enviados para Fonte Boa, e 15 cilindros de oxigênio foram destinados ao hospital de Canutama.

Bombeiros do Amazonas já combateram quase 11 mil focos de incêndio

Desde junho, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) combateu mais de 10.879 focos de incêndio. A contratação antecipada de 85 brigadistas foi confirmada, com o objetivo de reforçar o combate às queimadas a partir da próxima segunda-feira, 2.

A capital, Manaus, tem amanhecido coberta de fumaça devido aos incêndios florestais, e a qualidade do ar em alguns bairros é classificada como “péssima” pelo Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), da Universidade Estadual do Amazonas. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia recomendou o uso de máscaras para a população.

Entre 30 de abril e esta terça-feira, 27, 168 pessoas foram presas por crimes ambientais, segundo o governo.

Na Operação Tamoiotatá, realizada em Tamoiotatá, mais de R$ 91 milhões em multas foram aplicados e 148 embargos foram realizados, totalizando mais de 16.989.691,90 hectares embargados e 30 termos de apreensão registrados.

Via Revista Oeste

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