O Brasil registrou um recorde histórico de queimadas no mês de julho, de acordo com monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desde o início das medições, em 1988, o Pantanal e o Cerrado tiveram nos últimos 31 dias o maior número de focos de incêndio.
Entre janeiro e junho, o Pantanal registrou 3.262 focos, um aumento de mais de 22 vezes em relação ao mesmo período do ano anterior. Na Amazônia, foram detectados 12.696 focos de queimadas, um aumento de 76% em comparação ao ano passado.
Recorde de queimadas ocorre por uma combinação fatores
O aumento das queimadas em 2024 ocorre após dois anos consecutivos de queda no desmatamento, segundo a CNN. Especialistas associam essas queimadas à crise climática e à seca severa desde 2023.
Cyntia Santos, analista de Conservação do WWF-Brasil, afirma que “uma combinação de fatores têm colaborado para o aumento das queimadas no Pantanal”.
“Podemos destacar as alterações climáticas, o desmatamento na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal, além da atuação do El Niño que traz um período mais seco no caso das regiões Centro-Oeste Brasileiro”, disse a especialista à CNN. “Todos esses elementos afetam diretamente o ciclo de chuvas e o acúmulo de água no território”, completou.
Proibição de queimas controladas
O Ministério do Meio Ambiente proibiu as “queimas controladas” por um período e prometeu criminalizar a prática. Para Amazônia e Cerrado, a restrição é válida até 30 de novembro. No Pantanal, até 31 de dezembro.