A divisão de computação em nuvem da Amazon construirá um serviço ultrassecreto para o governo da Austrália. O projeto se dará a fim de melhorar a capacidade de autoridades do país em compartilhar e analisar informações, além de impulsionar a resiliência de suas comunicações no setor de defesa.
A Austrália informou que investirá ao menos AU$ 2 bilhões, ou US$ 1,3 bilhão, ao longo da próxima década para estabelecer e operar o serviço. O acordo envolve uma parceria estratégica entre o Australian Signals Directorate, o serviço de inteligência encarregado da cibersegurança do país da Oceania, e a Amazon Web Services.
O futuro serviço em nuvem “proverá um espaço colaborativo de último tipo para nossa comunidade de inteligência e defesa para armazenar e acessar dados ultrassecretos”, afirmou Rachel Noble, diretora-geral do serviço de inteligência da Austrália.
O modelo apoiará uma maior colaboração com os Estados Unidos e auxiliará operações militares australianas. Além disso, de acordo com a Amazon, o serviço incorpora novas tecnologias, como inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina.
Amazon, Microsoft, Austrália, EUA e China
Órgãos do país oceânico têm sido alvo de vários ataques cibernéticos importantes nos últimos anos, entre eles um em 2019 contra o Parlamento. Os EUA já apontaram a China como maior ameaça nessa frente. Pequim, contudo, nega relação com episódios do tipo.
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Em outubro, a Microsoft informou que investiria AU$ 5 bilhões nos próximos dois anos na Austrália. A ideia da big tech seria expandir seus serviços de computação em nuvem e a infraestrutura de IA, enquanto também manteria uma parceria com o serviço de inteligência do país.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado e da Dow Jones Newswires