A operação da Polícia Federal (PF) desta terça-feira, 7, teve dois alvos que seriam ligados ao ex-presidente do União Brasil, deputado federal Luciano Bivar (PE). A corporação investiga as ameaças contra o presidente interino do partido, Antônio de Rueda.
Dois suspeitos foram gravados fazendo campana e filmando o escritório de Antônio de Rueda, em Brasília. A “ronda” feita pelos homens durante alguns dias ocorreu no auge da disputa entre Rueda e Bivar pela presidência do União Brasil, entre fevereiro e março deste ano.
Policiais federais apreenderam celulares e aparelhos eletrônicos dos acusados, que irão auxiliar no andamento das investigações. O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o cumprimento dos mandados de busca e apreensão desta terça-feira .
Ao todo, cinco pessoas foram alvos de mandados de busca e apreensão em endereços no interior de Pernambuco. A Operação Stasis, deflagrada nesta terça-feira, não teve relação com o incêndio criminoso contra a casa de praia de Rueda e de sua irmã, Maria Emília Rueda, tesoureira do partido. O caso foi em março deste ano.
Investigação no STF
Inicialmente, Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) era responsável pela investigação das ameaças depois da abertura de boletim de ocorrência. À época, a corporação chegou a oferecer segurança para Antônio de Rueda.
Como houve o declínio da competência do caso para o Supremo Tribunal Federal (STF), a apuração ficou a cargo da Polícia Federal. A mudança se deu depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir a investigação do crime pela Corte —em decorrência do suposto autor ser deputado e ter foro privilegiado.
A investigação de ameaça contra Rueda está sob relatoria do ministro Kassio Nunes Marques. O deputado federal Luciano Bivar teria ameaçado Rueda e sua família, incluindo a filha de 12 anos, de morte.
A Oeste procurou o deputado Luciano Bivar, mas não obteve retorno. O União Brasil não quis comentar as investigações da Polícia Federal.