domingo, outubro 6, 2024
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Alvo do Cruzeiro, Gago tem “fragilidade defensiva“, diz jornalista; veja

Plano A do Cruzeiro para assumir o time na próxima temporada, o técnico argentino Fernando Gago é adepto de um estilo de jogo parecido ao implantado no clube por Paulo Pezzolano, em 2022, e que teve continuidade com Pepa, em 2023. Aos 37 anos, o jovem comandante passou apenas por Aldosivi, em 2021, e Racing, de 2021 a 2 de outubro deste ano. E quais são as marcas principais do ‘estilo Gago’?

O apresentador Hernán Coccimiglio, dos programas Esto es Racing e Desde el Cilindro, da Rádio Racing, detalhou o perfil de Gago que poderá ser adotado no Cruzeiro caso a negociação tenha um desfecho positivo.

O esquema preferido

De acordo com Coccimiglio, Fernando Gago tem o esquema 4-3-3 como preferido. “Ele joga com quatro jogadores atrás, três meio-campistas e três atacantes, sendo dois extremos e um centroavante, o 9 tradicional. Às vezes ocorre de jogar com cinco homens atrás, sendo três zagueiros, mas predomina o 4-3-3”, destacou.

Utiliza o camisa 10 clássico?

O apresentador da Rádio Racing chamou a atenção que Gago não costuma atuar com o clássico camisa 10. “Geralmente é um volante de maior marcação ao centro e dois meias, um pela direita e outro pela esquerda. Nesse modelo, ele não utiliza um armador mais clássico, com mais liberdade”, agregou Hernán Coccimiglio.

Pontos positivos

Na passagem pelo Racing, o trabalho de Gago se notabilizou pela ofensividade e pela intensidade na marcação alta, principalmente em 2022. “Era um time que se jogava ao ataque e fazia muitos gols no primeiro ano completo de trabalho. Em geral, era uma equipe criativa, que gerava muitas situações de gol. Meias e atacantes sempre marcavam. A formação principal tinha essa marca”, lembra o jornalista.

Pontos negativos

Já a grande deficiência de todo o trabalho de Gago no Racing, destacou Hernán Coccimiglio, era a fragilidade defensiva de sua equipe. Por se jogar à frente, o time não tinha consistência na marcação. Isso gerou muitas críticas da torcida e teve influência direta em sua saída do clube, no começo de outubro deste ano.

“O Racing, do Gago, nunca marcou bem. Criava e atacava bem, mas era desorganizado atrás. Levava muitos gols de contragolpe e de bolas paradas, como escanteio e tiros livres. Este ano, principalmente, parecia um time partido em dois. Atacava bem e defendia mal. Isso gerou muitas críticas da torcida”, disse Hernán.

Rodízio ou time-base?

Como muitos técnicos argentinos, Fernando Gago costuma fazer alterações nos 11 iniciais de um jogo para o outro, sempre com base no adversário que vai enfrentar.

“Em geral, seis ou sete jogadores formam a sua base. Mas é comum ele fazer duas ou três mudanças em jogadores de linha. Depende sempre do adversário. Ele conta com todos os jogadores do elenco”, concluiu o apresentador argentino.

Setorista do Olé faz avaliação idêntica

A análise de Hernán Coccimiglio sobre Fernando Gago coincide totalmente com a avaliação de Nicolás Montalá, setorista do Racing no jornal Olé, da Argentina.

“Gago é um técnico de grande vocação ofensiva, amante do protagonismo, da posse de bola, do trato da bola. Suas equipes ocupam o campo do rival em qualquer lugar e pressionam no ataque com intensidade. Seu esquema favorito é o 4-3-3. Costuma utilizar os extremos com perfil trocado (canhoto pela direita e destro pela esquerda). Os laterais avançam constantemente. Os zagueiros jogam no círculo central. Mas o time do Gago se arrisca muito e isso expõe sua defesa. O estilo dele requer zagueiros muito velozes para cobrir os espaços. Em 2022 o time foi muito bem, mas, em 2023, não. O Racing este ano teve uma das defesas mais vazadas”.

Números da carreira de Fernando Gago como técnico

Fernando Gago no Aldosivi

2021

Fernando Gago no Racing

2021

2022

2023

Via CNN

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