quinta-feira, julho 4, 2024
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Alvo de protesto em 2023, Lula rejeita nova viagem a Portugal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou uma nova viagem a Portugal para participar do evento que celebra os 50 anos da Revolução dos Cravos, que marcou o fim da ditadura no país. O evento está marcado para a próxima quinta-feira, 25.

A decisão de Lula ocorreu depois de protestos durante sua viagem ao país em 2023.

De acordo com a Folha de S.Paulo, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vai representar o Brasil nas cerimônias em Lisboa. Dentre os presidentes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, apenas Lula e o ditador da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Mbasogo, não estarão presentes.

A razão da ausência de Lula na cerimônia não foi divulgada pelo Itamaraty nem pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência. O chefe do Executivo participou do evento no ano passado, quando o país era comandado pela esquerda.

Lula não é bem-visto pelas alas da direita de Portugal. Em 2023, o petista foi convidado para discursar no evento pelo presidente português, Marcelo Rebelo, mas foi alvo de protestos de parlamentares da oposição.

Direita de Portugal pressionou para que Lula não discursasse

Os membros da direita portuguesa pressionaram para que Lula não discursasse na cerimônia. Os parlamentares ameaçaram vaiar o presidente brasileiro. O Partido Social Democrata (PSD), o Chega e a Iniciativa Liberal lideraram o movimento contra Lula.

O PSD venceu as eleições para o Parlamento de Portugal com o Centro Social Democrático, ambos de direita. Luís Montenegro, membro da aliança entre as siglas, foi eleito o primeiro-ministro do país.

O líder do Chega, André Ventura, foi um dos parlamentares que lideraram o movimento contra o discurso de Lula na cerimônia. O político concorreu nas eleições deste ano e disse que proibiria a entrada de Lula em Portugal caso fosse eleito primeiro-ministro do país.

Embora não tenha vencido a eleição, Ventura conseguiu aumentar sua participação no Parlamento de Portugal em mais de quatro vezes. O Chega passou de 12 para 50 parlamentares neste ano. 

Via Revista Oeste

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