A jornalista Claudia Cruz está empreendendo no ramo de arranjos de flores. Mulher do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, ela tem uma loja que oferece serviços de até R$ 3,2 mil, localizada no shopping de luxo VillageMall, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Há sete anos, Claudia Cruz foi condenada pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em segunda instância, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. A investigação da Operação Lava Jato entendeu que Eduardo Cunha repassou propinas às contas vinculadas aos cartões de crédito da jornalista.
Em 2016, Claudia Cruz encarou pena de dois anos e seis meses de prisão. Tal período, inferior a quatro anos, teve reversão a restrições de direitos e punições alternativas.
Já seu marido, Eduardo Cunha, foi preso de maneira preventiva pela Polícia Federal, também em investigações da Lava Jato, em outubro de 2016. A Justiça condenou, em março do ano seguinte, o ex-deputado a 15 anos e quatro meses de prisão, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Três anos depois, em março de 2020, Eduardo Cunha teve sua prisão convertida em domiciliar, em razão da pandemia de covid-19, por estar no grupo de risco da doença. Em 29 de maio de 2023, o STF anulou a condenação do político por entender que o processo deveria correr na Justiça Eleitoral, e não na Justiça Federal, em Curitiba.
Mulher de Eduardo Cunha, Claudia Cruz foi âncora de grandes programas jornalísticos
Ela foi âncora de telejornais famosos da TV Globo, como Bom Dia Rio, Jornal Hoje, Jornal da Globo e Fantástico. Hoje, sua floricultura vende arranjos artificiais com preços de até R$ 3,2 mil.
Ao site Lu Lacerda, Claudia afirmou que a iniciativa teve o apoio do marido, Eduardo Cunha. “Fui comprar umas orquídeas para minha casa”, começou a contar Claudia. “Achando tudo muito caro, resolvi montar uns arranjos. Meu marido achou o máximo e sugeriu-me fazer disso um negócio. A loja nasceu nove meses depois.”
Os buquês da loja são “permanentes”. Trata-se de um termo usado no ramo para substituir a palavra “artificial”. A confecção dos buquês utiliza resina, silicone, cera, papel, borracha e tecidos, e, segundo a loja, eles têm durabilidade de cerca de 20 anos.