quarta-feira, novembro 20, 2024
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Allan dos Santos trabalha como motorista de aplicativo nos EUA

O jornalista Allan dos Santos anunciou nas redes sociais que está atuando como motorista de aplicativo nos Estados Unidos. Em um vídeo publicado no Instagram, Allan aparece ao dirigir um Tesla, veículo da marca de Elon Musk.

Ele afirma que está “gostando muito” do novo trabalho e que, apesar das circunstâncias, não vai “deixar de fazer jornalismo”. Segundo ele, o foco é pagar as contas, mas sem “fazer acordos com criminosos”.

Allan está exilado nos Estados Unidos desde 2021, depois que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou prender o comunicador.

A Suprema Corte investiga sua participação na suposta disseminação de notícias falsas e na formação de grupos digitais com atuação antidemocrática. O primeiro inquérito envolve a suposta divulgação de informações enganosas e ameaças dirigidas a ministros e seus familiares.

Já o segundo inquérito apura o financiamento de grupos que promovem ataques às instituições democráticas. Em 2022, Allan recebeu uma sentença de um ano e sete meses por calúnia, mas permanece fora do Brasil, onde enfrenta os mandados de prisão.

A Justiça brasileira pediu a extradição de Allan dos Santos

Mesmo com a decisão da Justiça para bloquear seus perfis nas redes sociais, Allan cria novas contas. Ele relata ter feito cerca de 46 perfis apenas no Instagram. Em outra tentativa de se manter ativo, abriu uma conta no OnlyFans, cobrando US$ 4,75 mensais (aproximadamente R$ 27,50), para compartilhar conteúdo. No entanto, a plataforma também suspendeu sua conta em março deste ano.

A Justiça do Brasil pediu a extradição do jornalista, entretanto o governo norte-americano continua sem um parecer sobre o caso.

Em março deste ano, o governo dos Estados Unidos comunicou ao Brasil que não poderia extraditar o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos por delitos que os norte-americanos veem como crimes de opinião, segundo noticiou a Folha de S.Paulo. As falas do jornalista, consideradas como crime pelo STF, estão amparadas no direito à liberdade de expressão, segundo os EUA.

Em 2023, em reunião no Ministério da Justiça, então comandado por Flávio Dino, entre representantes do governo brasileiro e dos EUA, os norte-americanos disseram, diante da exibição de um vídeo de Allan dos Santos com críticas ao STF: “São só palavras”.

Quanto a eventuais outros crimes, o governo norte-americano continua analisando o caso.



Via Revista Oeste

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