Articuladores políticos do governo avaliam que houve um erro na estratégia do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao segurar a derrubada do veto à desoneração da folha de pagamento.
Uma avaliação feita por interlocutores é que o ministro minimizou a forte pressão que esses setores exercem sobre o Congresso. O erro teria sido segurar os detalhes da proposta de compensação aos 17 setores que perderiam com desoneração.
O objetivo era não contaminar as discussões da medida provisória das subvenções do ICMS, que garantiria mais arrecadação ao governo, e até da reforma tributária. Mas as propostas acabaram não sendo votadas e ficaram para a semana que vem.
E, sem a compensação, o Congresso seguiu em frente com a derrubada do veto. O rombo é de cerca de R$ 20 bilhões.
Todos esses acontecimentos combinados tornam mais difícil a missão da Fazenda de cumprir a meta de déficit fiscal zero no ano que vem.
O governo não só ainda não conseguiu aprovar medidas que elevam a arrecadação como falhou em segurar o veto que manteria recursos em caixa.
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