O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, afirmou, nesta quinta-feira (18), que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega é o ministro “mais longevo” da história do Brasil e “alguém extremamente preparado”.
O comentário foi feito no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, quando o ministro foi questionado sobre as especulações de que o governo Lula deseja indicar Mantega ao Conselho da Vale.
“O ex-ministro Mantega é um dos ministros mais longevos, é o ministro mais longevo no cargo de ministro da Fazenda da história da República. É alguém extremamente preparado, professor universitário, que reúne todas as condições”, disse.
Silveira prosseguiu dizendo que há uma injustiça sobre as críticas feitas a Mantega, que ficou à frente da Fazenda entre 2006 e 2015, durante os governos de Lula e Dilma Rousseff, ambos do PT.
Eu sou extremamente crítico àqueles que não são justos com aqueles que ocupam cargos tão importantes como o ministro Guido ocupou, tem aqueles que criticam e tem aqueles que elogiam, natural, e por isso que hoje tem um governo democrático no Brasil
Alexandre Silveira
A nova tentativa do presidente de emplacar o ex-ministro Guido Mantega vem na esteira de um movimento para reduzir “a influência bolsonarista” na companhia, segundo fontes ouvidas pela analista e âncora Clarissa Oliveira.
Ao ser confrontado com a questão, Silveira não quis comentar. “Eu prefiro não comentar esse assunto dessa forma numa coletiva, simplesmente porque hoje eu já vi pela imprensa cinco versões diferentes sobre essa questão da Vale”.
Apesar de ter elogiado Mantega e afirmado que o governo discute a sucessão da Vale, o ministro afirmou que a indicação de Mantega é uma especulação.
“O ministro de Minas e Energia está dialogando com a Vale sobre a sua participação, tanto dos nomes no Conselho, quanto dos nomes que participarão da Diretoria Executiva. O nome do ministro Guido Mantega, que está sendo especulado, é importante destacar desde o ano passado, ou seja, continua sendo uma especulação”, disse.
O ministro afirmou que pelo fato de a Vale se tratar de uma corporation – empresa com controle privado, sem acionistas com mais de 10% de participação – impede o governo de fazer alguma imposição. “A forma que está sendo colocada é como se houvesse uma imposição do governo, uma intervenção do governo, numa empresa que tem a natureza de corporation, que o governo tem mais do que consciência que não tem como fazer”, afirmou.
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