Nesta segunda-feira, 23, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido da Controladoria-Geral da União (CGU) para acessar dados bancários, mensagens e depoimentos da investigação sobre as joias sauditas dadas de presente ao então presidente Jair Bolsonaro.
Em 2 de setembro, a CGU citou um Processo Administrativo Disciplinar e uma investigação preliminar para apurar a entrada das joias no Brasil e as tentativas de auxiliares de Bolsonaro de reavê-las depois de uma apreensão da Receita Federal.
Conforme o pedido, a Controladoria precisa dos relatórios e laudos emitidos pela Polícia Federal. O lote inclui áudios, conversas de aplicativos de mensagem, e-mails, fotos, vídeos, depoimentos, dados de quebras de sigilo telemático e telefônico.
“Tais elementos de prova são imprescindíveis para análise do caso, de modo a possibilitar a esta CGU a adoção das providências cabíveis para a promoção da responsabilização administrativa dos agentes públicos federais envolvidos”, observou a CGU.
Joias dadas a Bolsonaro que estão na mira de Alexandre de Moraes
Em julho, a PF indiciou Bolsonaro e outras 11 pessoas no inquérito que apura a suposta venda ilegal das joias no exterior.
De acordo com a PF, há indícios dos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos, por parte do ex-presidente.
Ainda conforme a corporação, Bolsonaro tentou vender os presentes nos Estados Unidos.