O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, disse, nesta terça-feira, 21, que, com o passar do tempo, o TSE foi entendendo o funcionamento da desinformação nas redes sociais para criar meios de combatê-la nas disputas eleitorais.
“Fomos aprendendo com as eleições de 2018, 2020, 2022 e, agora, sob a presidência da ministra Cármen Lúcia, aplicaremos esses ensinamentos”, observou Moraes, ao explicar como vai operar o Ciedde, durante um seminário sobre inteligência artificial na Corte. “Certamente, nas eleições de 2026, daremos um novo passo com todos os parceiros, que são as instituições (…) Temos que nos unir, nos organizar e ampliar as defesas administrativas e legislativas para garantir as decisões judiciais.”
Na sequência, Moraes fez agradecimentos à Advocacia-Geral da União, à Procuradoria-Geral da República, à Polícia Federal, à Anatel e à sociedade civil representada pela Ordem dos Advogados do Brasil. Essas instituições firmaram acordos de cooperação com o Ciedde. “Somente assim, poderemos educar e combater esse grande mal do século XXI para a democracia: a desinformação, as deep fakes, a utilização da IA para corroer os pilares da democracia”, declarou o presidente do TSE.
Ainda segundo Moraes, o TSE precisa estar vigilante para os perigos da IA. Isso porque, de acordo com o ministro, ela “anabolizou” as notícias falsas na internet.
Alexandre de Moraes passa bastão para Cármen Lúcia
Em 7 de maio, o TSE elegeu Cármen Lúcia substitua de Moraes na presidência da Corte. A ministra, contudo, só vai tomar posse em 3 de junho. Nessa data, Moraes também deixará o tribunal. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal elegeu André Mendonça como substituto do ministro.