A Alemanha emitiu um mandado de prisão para um instrutor de mergulho ucraniano suspeito de explodir os gasodutos Nord Stream, em setembro de 2022. A imprensa local divulgou a informação nesta quarta-feira, 14. O criminoso foi identificado por Volodymyr Z.
Investigadores do caso acreditam que o mergulhador vivia na Polônia e que ele foi um dos responsáveis pela explosão da estrutura que leva o gás natural da Rússia para o território alemão. O percurso ocorre pelo Mar Báltico.
O caso deu início a mais uma crise energética entre a Europa e o governo do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
O gabinente do procurador-geral da Alemanha não quis se pronunciar sobre a notícia de que o país havia pedido à Polônia, em junho deste ano, para prender o suspeito. O Ministério Público polonês também não se manifestou.
Os explosivos destruíram três estruturas de Nord Stream. A Rússia culpou os Estados Unidos, o Reino Unido e a Ucrânia pelo ataque que prejudicou o fornecimento de gás para o continente europeu.
A Alemanha, a Suécia e a Dinamarca abriram investigações para averiguar o caso. O governo sueco confirmou a deliberação do bombardeio por meio de vestígios da explosão encontrados em objetos no local.
Polônia acusa Alemanha por fuga do mergulhador ucraniano
De acordo com os promotores poloneses, o suspeito conseguiu fugir do local porque a Alemanha não colocou o nome dele no “banco de dados de pessoas procuradas.”
A imprensa alemã, no entanto, disse que a fuga ocorreu por motivos que não foram explicados.
Na época, autoridades europeias chegaram a cogitar o envolvimento de Moscou no caso. A estratégia, segundo líderes do Ocidente, seria aproveitar o domínio energético para obrigar outras nações a encerrarem o apoio bélico e financeiro à Ucrânia.
Antes disso, a gestão do governo Putin já havia diminuído o fluxo do gás em Nord Stream. O país alegou que as sanções prejudicavam as manutenções necessárias. O Ocidente, no entanto, afirmou que a declaração russa não passava de uma chantagem diplomática.