A oito quilômetros do continente, a Ilha Anchieta, no litoral norte de São Paulo, é lar de uma estrutura histórica que funcionou como presídio de segurança máxima até 1952. Projetado no início do século 20 por Ramos de Azevedo, arquiteto por trás do Theatro Municipal de São Paulo, a estrutura está em ruínas.
Porém, tal realidade deve mudar em breve: desde o início do ano, um processo de restauro das ruínas históricas tem sido conduzido pela Fundação Florestal (FF), órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil).
O investimento é de R$ 5 milhões, valor usado para revitalizar os antigos pavilhões e transformar o presídio em um atrativo turístico no Parque Estadual Ilha Anchieta.
A previsão da conclusão das obras é para o fim de 2025. O projeto é de autoria do escritório paulistano Kruchin Arquitetura.
Revitalização do presídio
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Ruínas serão preservadas em uma espécie de exoesqueleto • Divulgação/Kruchin Arquitetura
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Com a revitalização, espaço do antigo presídio ganhará novos usos • Divulgação/Kruchin Arquitetura
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Projeto tem previsão de ser inaugurado no fim de 2025 • Divulgação/Kruchin Arquitetura
Segundo o escritório de arquitetura, o projeto, além de preservar a identidade do local, busca transformar o presídio em um espaço educativo e cultural.
A proposta inclui a criação de novos ambientes nas ruínas, como centros de recepção e cafés. A história da ilha, com suas ocupações, deve ser contada por meio de exposições e fotos antigas, com documentos de diferentes épocas.
No âmbito arquitetônico, a ideia é criar um exoesqueleto de proteção das estruturas existentes, mantendo a personalidade histórica do local. São oito pavilhões ao todo, os quais encontram-se fechados até o término das obras.
A história diz que o presídio passou por várias fases ao longo do tempo, sendo chamada até de “Alcatraz brasileira“. Nasceu como uma prisão comum e virou um presídio político na década de 1930, até passar por uma grande rebelião nos anos 1950, quando foi gradativamente abandonado.
Ilha Anchieta: águas cristalinas e Mata Atlântica
Pertencente a Ubatuba, a Ilha Anchieta é protegida pelo Parque Estadual Ilha Anchieta, criado em 1977. Ela tem 828 hectares de área e 17 quilômetros de costões rochosos, além de contar com o verde exuberante da Mata Atlântica.
Aberta a visitantes, a ilha dispõe de sete praias de águas cristalinas, cinco trilhas terrestres, uma trilha subaquática e quatro mirantes, de acordo com a Semil. Capela, centro de visitantes e uma hospedagem completam os atrativos.
Muito procurada por conta de seu apelo histórico e ecoturístico, a Ilha Anchieta pode ser acessada por meio de lanchas e escunas, com trajeto que pode variar de 15 a 45 minutos. Embarcações saem comumente do Píer do Saco da Ribeira e das praias Perequê Mirim, Itaguá, Enseada e do Lázaro.
As visitações ocorrem de quinta a terça-feira, das 8h às 17h, em que é cobrada uma taxa de R$ 19 para brasileiros, R$ 28 para moradores do Mercosul e R$ 37 para demais estrangeiros. A compra pode ser feita diretamente neste site.
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