sexta-feira, novembro 22, 2024
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Ala do PT se recusa a ceder dinheiro para campanha de Boulos

Uma ala do PT está relutante em fornecer suporte financeiro para a campanha de Guilherme Boulos (Psol-SP) à Prefeitura de São Paulo, mesmo depois do compromisso do presidente Lula (PT) de apoiar a candidatura.

O desejo de Boulos e seu partido, o Psol, é que o PT contribua com cerca de R$ 40 milhões. O objetivo é atingir o limite legal de gastos de R$ 70 milhões. A legenda é a mesma de sua vice, Marta Suplicy.

Apesar do compromisso de Lula, a expectativa dentro do PT é que o aporte seja menor do que o solicitado por Boulos, pois pré-candidatos petistas de outras cidades também reivindicam recursos para suas campanhas.

O PT indicou que fará repasses a Boulos, mas o montante ainda não está definido. O aporte está condicionado ao apoio do Psol à candidatura de Rogério Correia (PT) à Prefeitura de Belo Horizonte.

Em reunião virtual na última segunda-feira, 8, o comando do PT decidiu não destinar recursos de seu fundo eleitoral a outros partidos nas eleições de 2024.

A resolução, que será encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), permite apenas a destinação de recursos a candidaturas de petistas a vice em cidades com mais de 100 mil habitantes, desde que aprovado pela Executiva Nacional do PT.

Essa decisão repetiu a proibição de 2020 e 2022, mas havia esperança entre os defensores da candidatura de Boulos de que uma exceção fosse feita em 2024, dada a importância da disputa em São Paulo para a esquerda. A esperança no Psol é que Lula intervenha em favor de Boulos para garantir um repasse maior.

A candidatura de Boulos

Guilherme Boulos durante discurso no plenário da Câmara dos Deputados; ele aparece com semblante que demonstra nervosismo; ele está de paletó cinza, gravata vermelha e camisa social azul claro
Guilherme Boulos, em sessão na Câmara dos Deputados: psolista segue como pré-candidato mais rejeitado em São Paulo | Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A eleição em São Paulo é vista como central para a preparação para 2026. A esquerda acredita que uma vitória contra o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) pode representar uma derrota para o grupo político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2020, Boulos fez 20,2% dos votos e foi para o segundo turno, mas perdeu para Bruno Covas (PSDB). Atualmente, a pesquisa Datafolha mostra Nunes com 48% contra 38% de Boulos no segundo turno.

A estimativa é que o limite de gastos na eleição deste ano em São Paulo seja de R$ 67 milhões no primeiro turno. Em 2020, o teto foi de R$ 51,7 milhões no primeiro turno e R$ 20,7 milhões no segundo turno.

Conforme noticiou Oeste, o deputado federal psolista lidera o ranking de rejeição entre 11 pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo listados pelo instituto Paraná Pesquisas. Os dados foram divulgados em 25 de junho.

De acordo com o levantamento, 30,9% dos entrevistados afirmaram que, caso a eleição municipal fosse hoje, “não votariam de jeito nenhum” no psolista.

Com isso, Boulos é o líder isolado no quesito rejeição entre os eleitores da capital paulista. O segundo colocado nesse indicador é o apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB), com 22,1%. A diferença entre os dois ultrapassa os limites da margem de erro da pesquisa, que é de 2,6 pontos porcentuais para mais ou para menos.

A lista de rejeição, conforme o levantamento do Paraná Pesquisas, segue com os seguintes pré-candidatos:

  • Pablo Marçal (PRTB) — 21,5%;
  • Ricardo Nunes (MDB) — 19,4%;
  • Kim Kataguiri (União Brasil) — 13,3%;
  • Tabata Amaral (PSB) — 11,5%;
  • João Pimenta (PCO) — 10,7%;
  • Marina Helena (Novo) — 9,5%;
  • Altino Prazeres (PSTU) — 8,2%;
  • Ricardo Senese (UP) — 7,6%; e
  • Fernando Fantauzzi (Democracia Cristã) — 7,3%.

Via Revista Oeste

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