Alas do Partido dos Trabalhadores buscam “pacificar” a indicação de Mario Sarrubbo para a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
O atual procurador-geral de Justiça de São Paulo é considerado “conservador e linha-dura” por parte da legenda, mas neste momento é defendido por nomes do PT que acreditam ser necessária uma atuação mais forte na área.
Os integrantes ouvidos pela CNN, sob reserva, pontuam em defesa de Sarrubbo que o integrante do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) tem feito um trabalho sério no combate à criminalidade e é adequado para o momento em que há um agravamento da violência e uma necessidade de maior combate ao crime organizado.
Outro argumento em favor da indicação é de que ele conduziu “de forma correta” as apurações sobre a Operação Escudo, feita pelo governo estadual, na Baixada Santista (SP).
A atuação de policiais foi alvo de críticas do PT e de grupos de direitos humanos por supostos abusos a moradores durante a operação. Para parte dos petistas, Sarrubbo é intransigente na defesa da conduta legalista da polícia e tem firmeza.
Na época, o procurador-geral abriu uma investigação dias após a operação ser desencadeada, por causa da morte do solado da Polícia Militar (PMSP), Patrick Bastos Reis.
Apesar da atuação de petistas para apoiar o indicado pelo futuro ministro da Justiça, Ricardo Lewandowisk, o nome que mais agradava o partido era do ex-ouvidor da PMSP e atual secretário de segurança pública de Diadema (SP), Benedito Mariano. Lewandowski, no entanto, deixou claro o incômodo com pressão no Executivo para agregar quadros do PT.
Desde que anunciou o ministro aposentado do STF como substituto de Flávio Dino, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem dito que não fará interferências nas escolhas. Lewandowski tem carta branca.
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