A Airbus está trabalhando no futuro do combate aéreo. A fabricante de aeronaves apresentou o Wingman, protótipo de drone. Mas, calma: Trata-se de maquete em escala 1:1.
Ele está sendo apresentado na Exposição Aeroespacial Internacional (ILA, na sigla em inglês), em Berlim (Alemanha), que começou nesta quarta-feira (5) e vai até domingo (9). Com o Wingman, a Airbus apresenta sua visão sobre como seria um drone de combate.
Em suma, é um modelo que consta em recursos que os engenheiros da empresa querem ver para valer, de modo a inspirar futuros designers.
Airbus quer mudar modo de operação de aeronaves de combate
- O Airbus Wingman e projetos similares querem transformar como aeronaves de combate operam;
- O Wingman não trabalha de forma solo e nem como parte de um esquadrão de aeronaves tripuladas, mas, sim, permite que os pilotos deixem de “caçar” e atuem mais como comandantes de missão;
- Isso é possível, pois os drones operam como nós de rede integrados e assumem diversas tarefas, como reconhecimento, controle eletrônico de guerra, atacando inimigos e assumindo riscos no lugar das pessoas;
- Só que a Airbus deixa claro que a decisão de disparar as armas do Wingman são exclusivamente do humano que o opera.
A empresa explica que o conceito do Wingman foi desenhado para ser furtivo, com capacidade de transporte de vários armamentos, tais como munições ou mísseis guiados com precisão.
Ele também pode incorporar sensores avançados e tem alto nível de conectividade, diz a Airbus. Ainda, o drone pode se conectar com outras plataformas e virar uma unidade só. Ou seja, uma espécie de transformer de combate aéreo.
Conclusões acerca do protótipo Wingman
O New Atlas fez algumas observações com base na imagem do Wingman liberada pela Airbus. Começando pela forma acentuada de seu bico, é possível que imaginar que o protótipo seja aeronave supersônica com propulsão a jato.
Já seu revestimento preto, a asa delta que se assemelha à dos bombardeiros furtivos dos EUA e a forma da entrada de ar dianteira e das asas canards apontam alto grau de furtividade.
As várias escotilhas de acesso dispostas no modelo protótipo poderiam fornecer acesso a sensores, além de uma que lembra bastante uma doca de reabastecimento em voo.
É possível ainda que o Wingman não seja usado apenas para reduzir a carga de trabalho dos pilotos humanos, mas, também, para agir como multiplicador de força um tanto barato e dispensáveis. Se isso se confirmar, permitirá ao ocidente que se equipare às forças aéreas de rivais, aponta o portal.
Em comunicado da Airbus, Michael Schoellhorn, CEO da Airbus Defence and Space, disse que “a Força Aérea Alemã expressou clara necessidade de aeronave não-tripulada voando e apoiando as missões de seus caças tripulados antes que o Future Combat Air System esteja operacional em 2040.”
Nosso conceito Wingman é a resposta. Iremos impulsionar e aperfeiçoar ainda mais esta inovação feita na Alemanha para que, em última análise, possamos oferecer à Força Aérea Alemã solução acessível com o desempenho necessário para maximizar os efeitos e multiplicar o poder de sua frota de caças para a década de 2030.
Michael Schoellhorn, CEO da Airbus Defence and Space