O advogado-geral da União, Jorge Messias, usou seu perfil oficial no Twitter/X para falar sobre o indiciamento na Polícia Federal (PF), do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas, por suposta tentativa de golpe de Estado.
“A notícia de indiciamentos pela PF do ex-mandatário e de integrantes do núcleo de seu governo pela prática dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, oferece ao país a possibilidade de concretizar uma reação eficaz aos ataques à nossa democracia, conquista valiosa e indelével do povo brasileiro”, declarou o AGU, sem citar nominalmente Bolsonaro.
Jorge Messias deu a declaração na tarde desta quinta-feira, 21, logo depois de a PF ter anunciado os indiciamentos. A corporação alega que, na investigação, houve um suposto plano para tentar matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice, Geraldo Alckmin, além do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro se pronuncia sobre indiciamento
O presidente de honra do PL, Jair Bolsonaro, se pronunciou sobre seu indiciamento pela Polícia Federal. Em entrevista ao portal Metrópoles, disse que o ministro Alexandre de Moraes “faz tudo o que não diz a lei”.
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa”, afirmou. “Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar.”
No seu perfil oficial no Twitter/X, o ex-presidente explicou que o uso da palavra “criatividade” é uma “alusão a uma mensagem de Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes, a Eduardo Tagliaferro, então chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral”.
Bolsonaro chegou a citar a Oeste no seu posicionamento: “‘Use a sua criatividade rsrsrs’, escreveu Vieira ao responder a Tagliaferro sobre a dificuldade de formalizar uma denúncia contra a Revista Oeste.”