quarta-feira, maio 7, 2025
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Agricultoras de Jacobina do Piauí participam de intercâmbio promovido pela SAF para iniciar produção de mel de abelhas sem ferrão

Um grupo de 15 mulheres agricultoras familiares de Jacobina do Piauí participou, nesta terça-feira (6), de uma atividade diferente. Elas vieram a Teresina para um intercâmbio voltado ao aprendizado sobre o manejo e cultivo de abelhas sem ferrão, com o objetivo de conhecer a meliponicultura — produção de mel por essas espécies — e assim diversificar a renda de suas famílias.

A iniciativa foi promovida pela Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), em parceria com a Associação de Meliponicultores do Estado do Piauí (AME-PI). As participantes integram a Associação de Mulheres de Jacobina Flor de Mandacaru e visitaram o meliponário Amorim Abelhas, localizado no bairro Morros, zona Leste da capital.

Agricultoras familiares aprendem sobre meliponicultura em intercâmbio promovido pela SAF (Foto: Geirlys Silva / SAF)

Além de gerar novas oportunidades econômicas, a meliponicultura também desempenha um papel importante na preservação ambiental. Durante o encontro, o presidente da AME-PI, Raimundo Amorim, e a bióloga Sandra Sousa ministraram uma palestra e uma atividade prática, abordando temas como a importância da atividade para o meio ambiente, técnicas de manejo, identificação de espécies e possibilidades de empreendedorismo.

De acordo com Alionardo Santiago, diretor de Fomento a Cadeias Produtivas da SAF, o intercâmbio foi organizado a partir de uma demanda da associação, que buscava apoio para desenvolver um projeto de meliponicultura.

“A secretária Rejane Tavares acolheu a solicitação e recomendou que o grupo conhecesse de perto a atividade, com quem já possui experiência, para entender melhor as oportunidades que ela oferece — tanto para a geração de renda quanto para a preservação ambiental”, explicou.

Meliponário na zona leste de Teresina (Foto: Geirlys Silva / SAF)

Raimundo Amorim destacou que o intercâmbio foi pensado para que as agricultoras pudessem replicar o aprendizado em Jacobina do Piauí, trabalhando não apenas com a produção de mel, mas também com outros produtos derivados.

“O foco é que elas entendam o funcionamento da atividade e possam levar para sua região, trabalhando não só com o mel, mas com outros produtos como própolis, cerume e samburá. Além disso, puderam conhecer as caixas onde as abelhas sem ferrão constroem suas colônias e, a partir dos conhecimentos adquiridos, fazer um levantamento das espécies existentes na região”, relatou.

Colmeia de tiúba, espécie de abelha sem ferrão nativa do Piauí (Foto: Geirlys Silva / SAF)

A bióloga Sandra Sousa ressaltou a importância da iniciativa voltada para mulheres, destacando o protagonismo feminino na meliponicultura.

“Na colônia de abelhas, todo o trabalho é realizado pelas fêmeas: da coleta de recursos à produção e defesa da colônia. Por isso, é tão simbólico e necessário incentivar a participação das mulheres nessa atividade, que antes atuavam apenas como auxiliares de seus companheiros e agora podem ser protagonistas, empreendendo e gerando renda”, afirmou.

Foto: Geirlys Silva / SAF

A agricultora Jucirene Sousa, participante da oficina, voltou animada para Jacobina do Piauí e já planeja iniciar a atividade.

“Aprendemos sobre os cuidados e o manejo, que é bem mais tranquilo do que com abelhas com ferrão. Podemos criar perto de casa, com a família, sem tantas preocupações. Como já trabalhamos com apicultura, achamos interessante começar também com a meliponicultura”, comentou.

Foto: Geirlys Silva / SAF

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