sexta-feira, novembro 22, 2024
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Aglomerado com mil geleiras no Alasca está em risco, diz estudo

Os impactos das mudanças climáticas no derretimento de geleiras ao redor do mundo não é uma novidade. Mas este processo pode estar acontecendo mais rápido do que pensávamos em alguns pontos do planeta. É o caso do campo de gelo de Juneau, um aglomerado com mais de mil geleiras no Alasca, território dos Estados Unidos.

Geleiras estão desaparecendo com o aumento das temperaturas (Imagem: Bernhard Staehli/Shutterstock)

Geleira apresenta grande número de fissuras

  • O alerta foi divulgado por pesquisadores em um estudo publicado na revista Nature Communications.
  • Segundo eles, o derretimento nesta região do Alasca está acontecendo 4,6 vezes mais rápido.
  • Para chegar a esta conclusão, a equipe comparou dados coletados no local entre 2015 e 2019 com os de 1948 e 1979.
  • A pesquisa ainda destaca que, entre 1948 e 2005, apenas quatro geleiras tinham desaparecido por completo nesta área do Alasca.
  • Já de 2005 a 2019, foram observados 64 derretimentos totais.
  • Além disso, está sendo registrada uma maior fragmentação do campo de gelo, com um grande número de fendas e lagos entre as geleiras.
  • Os cientistas afirmam que não há mais um bloco uniforme de gelo, e sim vários pequenos espaços.

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Avanço do derretimento de geleiras do Alasca (Imagem: Davies et al, 2024/Nature Communications)

Derretimento causará aumento no nível do mar

De acordo com os pesquisadores, a perda de gelo no campo de Juneau permaneceu estável entre os anos de 1770 e 1979. Em média, derretiam de 0,65 a 1,01 km³/ano.

Já entre 1979 e 2010, o processo de perda da cobertura glacial se intensificou, sendo estimado entre 3,08 a 3,72 km³/ano. Agora, de 2010 a 2019, ocorreu uma aceleração de 5,91 km³/ano. O ritmo é mais alarmante nos últimos cinco anos.

Durante o estudo, foram cruzadas informações de imagens de satélite da NASA, fotos feitas durante voos locais e medições históricas da região. A equipe concluiu que se a situação não for revertida, com a redução da emissão de gases do efeito estufas, o derretimento de gelo irá contribuir para a elevação dos níveis do mar, afetando todas as regiões costeiras do planeta, inclusive o Brasil.

Os cientistas destacam que, como os campos de gelo do Alasca são predominantemente planos, estão mais vulneráveis ​​ao derretimento acelerado conforme o clima esquenta, já que a perda de gelo acontece em toda a superfície. Isso significa que uma área muito maior é afetada.

Os pesquisadores ainda alertam que estamos próximos de um ponto “irreversível” de recuperação para esse campo de gelo. Situações parecidas também estão sendo observadas na Groenlândia, na Noruega e no Ártico. 

Via Olhar Digital

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