O Departamento de Justiça dos Estados Unidos formalizou acusações contra o agente iraniano Farhad Shakeri, afirmando que ele conspirou para assassinar Donald Trump, presidente eleito, seguindo ordens da Guarda Revolucionária do Irã.
Shakeri teria organizado uma rede de colaboradores em Nova York com o objetivo de eliminar críticos do regime iraniano, incluindo Trump.
O procurador-geral Merrick B. Garland destacou que Shakeri foi encarregado pelo regime iraniano de liderar uma rede criminosa para executar planos de assassinato. Além de Shakeri, Carlisle Rivera e Jonathon Loadholt foram acusados de planejar o assassinato de um jornalista americano crítico ao regime islâmico iraniano.
As acusações incluem homicídio de aluguel, que pode resultar em uma pena de até dez anos de prisão, e conspiração para lavagem de dinheiro, com pena máxima de 20 anos.
Detalhes do plano contra Trump
De acordo com documentos judiciais, Shakeri recebeu instruções de um oficial iraniano para garantir que o plano fosse executado dentro de sete dias. Caso contrário, o Irã tomaria medidas para realizar o assassinato depois da eleição.
As forças iranianas esperavam que Trump não fosse reeleito, o que supostamente facilitaria a execução do plano.
O diretor do FBI, Christopher Wray, elogiou o trabalho da agência, afirmando que “graças ao trabalho duro do FBI, seus esquemas mortais foram interrompidos”.
O Departamento de Justiça também acusa o Irã de atacar cidadãos norte-americanos, possivelmente em retaliação pelo ataque de drones dos EUA que matou Qassem Soleimani, comandante da Força Quds, em janeiro de 2020. Este ataque foi ordenado por Trump durante sua presidência.
Presidente eleito recebeu informações sobre conspiração iraniana
Em setembro, Trump recebeu um alerta do serviço de inteligência do Estados Unidos sobre ameaças de assassinato atribuídas ao Irã.
Segundo informações de sua equipe de campanha, o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional notificou Trump sobre essas ameaças, descritas como “reais e concretas”.
A campanha ressaltou um aumento nas ameaças do Irã nos últimos meses e afirmou que os oficiais têm medidas em curso para proteger Trump e assegurar a integridade das eleições de novembro.
O candidato fez menção a essas ameaças em sua rede social. Nas redes, ele afirmou que, “apesar de tentativas anteriores não terem sido bem-sucedidas, ele acredita que novos esforços poderão ser realizados”.
O contexto das ameaças também envolve atividades cibernéticas. Na mesma época, agências do governo dos EUA informaram que hackers iranianos enviaram e-mails com materiais roubados da campanha de Trump para pessoas associadas à campanha de reeleição do presidente Joe Biden.