Nesta sexta-feira (5), a Terra vai atingir o afélio, que é o ponto de sua órbita mais distante do Sol. Como se sabe, nosso planeta, assim como todos os outros do Sistema Solar, circunda o astro em um movimento chamado de translação.
Ocorre que essa “voltinha” que os planetas dão em torno do Sol não é um círculo perfeito, mas sim um caminho ligeiramente oval conhecido como elipse. Dessa forma, a distância entre a Terra, por exemplo, e a nossa estrela hospedeira varia cerca de 3% ao longo do ano.
De acordo com o guia astronômico InTheSky.org, o momento exato em que a Terra alcançará o afélio será às 2h06 da manhã (pelo horário de Brasília), quando estiver a 1,0167 unidades astronômicas (UA) do Sol – uma distância equivalente a 152.093.163 km.
Distância da Terra em relação ao Sol traz dias mais frios?
Ainda segundo a plataforma, a Terra chega ao afélio todos os anos mais ou menos no mesmo dia. Embora no hemisfério sul isso sempre aconteça no inverno, não é a distância do planeta em relação ao Sol quem dita as estações do ano (afinal, mesmo estando igualmente longe do astro, no hemisfério norte agora é verão).
As variações anuais no clima são causadas inteiramente pela inclinação do eixo de rotação da Terra, e não por qualquer mudança em sua distância do Sol.
Tanto para observadores posicionados no hemisfério norte, onde é verão, quanto no hemisfério sul, onde é inverno, nos dias próximos ao afélio o Sol aparece menor no céu do que em qualquer outra época do ano, e a Terra recebe menos radiação dele.
Daqui a cerca de seis meses, vai acontecer o contrário: a Terra estará mais perto do Sol, que aparecerá ligeiramente maior no céu. Também nessa época, vamos receber mais radiação do astro. O instante exato em que o nosso planeta vai atingir o periélio (ponto de sua órbita mais próximo do Sol) será no dia 4 de janeiro de 2024, às 10h28.
O que aconteceria se não houvesse afélio?
Se a órbita da Terra fosse um círculo perfeito, as estações teriam a mesma duração. Atualmente, primavera e verão são alguns dias mais longos que outono e inverno no Hemisfério Norte (e o contrário o Hemisfério Sul).
No entanto, se a órbita da Terra se tornasse mais excêntrica, as consequências seriam graves. As estações no Hemisfério Sul se tornariam extremas: verões insuportavelmente quentes e invernos extremamente frios, coocando em risco a existência da humanidade.
Portanto, agradeça pelo nosso planeta (por enquanto) estar em um ponto ideal.