sexta-feira, novembro 22, 2024
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Advogados públicos e procuradores ganham R$ 1 bi em honorários

Advogados públicos e procuradores federais receberam R$ 1,1 bilhão em honorários nos primeiros sete meses de 2024, segundo dados divulgados pelo Portal da Transparência.

Esse montante, conhecido como “honorário de sucumbência”, é pago pela parte perdedora à vencedora em processos judiciais.

A Câmara dos Deputados propõe o fim desses honorários, com um projeto atualmente em andamento. Entre os destaques, alguns servidores viram seus contracheques incharem até R$ 492 mil a mais. 

Honorários pagos a servidores geraram críticas 

Embora a Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (Anafe) afirme desconhecer casos de servidores que recebem tais valores, a questão gerou debates sobre os limites do teto remuneratório do funcionalismo. 

Em 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o benefício não poderia ultrapassar o teto remuneratório do funcionalismo público — equivalente aos R$ 44 mil pagos aos ministros da Corte.

Jorge Messias, ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), por exemplo, recebeu R$ 110 mil em honorários entre janeiro e julho deste ano. Em nota, a Anafe afirmou que “essa remuneração corresponde a um pagamento por performance, um modelo de eficiência e mérito consagrado”.

Jorge Messias, ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) | Foto: Divulgação/AGU
Jorge Messias, ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) | Foto: Divulgação/AGU

“Desde sua implantação, a arrecadação da União aumenta a cada ano, e os resultados de sucesso judicial têm sido potencializados de forma ascendente”, afirmou a Anafe, referindo-se aos honorários.

Parte dos honorários pagos decorreu de transações resolutivas ou preventivas de litígio. O deputado federal Gilson Marques (Novo-SC) apresentou um relatório favorável à extinção desses pagamentos. 

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Via Revista Oeste

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