domingo, novembro 24, 2024
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Advogados negam ligação de ex-diretor de Mossoró com fuga

A exoneração do ex-diretor do presídio de Mossoró (RN), Humberto Gleydson Fontinele Alencar, foi publicada nesta sexta-feira, 5, no Diário Oficial da União. Fontinele estava afastado do cargo desde a fuga dos dois detentos da unidade prisional. A defesa do ex-diretor afirmou, em nota, que não há provas do envolvimento dele com o episódio. A polícia encontrou os criminosos na quinta-feira, 4, depois de 50 dias de buscas. 

Em comunicado, os advogados de Fontinele, Herberton Pais de Lima e Meirilane Barbosa de Lima, negam a exoneração. De acordo com eles, o anúncio do ministro da Justiça Ricardo Lewandowski diz respeito apenas à mudança no comando da penitenciária de segurança máxima. 

“Fontinele permanece no cargo de policial penal federal combatendo o crime organizado, como sempre o fez”, informou a defesa. “E não há prova de qualquer ligação de Humberto Fontinele com a fuga dos presidiários”.

Trajetória profissional 

A nomeação de Fontinele como diretor da unidade prisional de Mossoró foi oficializada há exatamente um ano, em abril de 2023. 

Ele é formado em Direito e atuou como chefe da área de tecnologia e informação da penitenciária federal de Mossoró. Ele também trabalhou no local como chefe da divisão de inteligência e, em 2017, foi diretor substituto. 

Carlos Luís Pires, que já esteve à frente do presídio federal de Catanduvas (PR), é o novo diretor interino da unidade do Rio Grande do Norte. 

Busca milionária 

A caçada de 50 dias aos bandidos foragidos da penitenciária de segurança máxima federal de Mossoró (RN) custou aos cofres públicos R$ 6 milhões, segundo dados do Ministério da Justiça, do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os traficantes foram recapturados nesta quinta-feira, 4, pela Polícia Federal (PF), em operação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

De acordo com a Polícia Federal (PF), o Comando Vermelho (CV) está financiando uma rede de apoio para esconder Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça em áreas rurais |Foto: Reprodução/Redes sociais
Procura pelos criminosos Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça custou R$ 6 milhões aos cofres públicos | Foto: Reprodução/Redes sociais

O valor total gasto pelo governo Lula nessas operações, que duraram 50 dias, equivale ao necessário para manter 121 presos por um ano em uma penitenciária federal.

Segundo dados oficiais, o custo por preso no sistema federal é de cerca de R$ 50 mil por 12 meses. 

Via Revista Oeste

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