As advogadas que defendem a ex-primeira dama da Argentina Fabiola Yáñes querem que o ex-presidente Alberto Fernández responda por crime de lesões graves.
O argumento é o de que o ex-presidente argentino causou danos psicológicos em sua ex-parceira a ponto de impedi-la de levar uma vida normal.
Yáñes está em Madri, capital da Espanha, onde no início desta semana prestou depoimento para autoridades do consulado argentino.
Em seu testemunho, a ex-companheira de Fernández reiterou as denúncias de ter sido gravemente agredida pelo político que governou a Argentina de 2019 a 2023.
Peronista, Fernández nem tentou a reeleição no ano passado. De fora da disputa, viu o seu aliado e ex-ministro da Economia Sergio Massa perder a disputa para o atual presidente da Argentina, Javier Milei.
Mais denúncias contra Fernández
Depois de ter contado que foi obrigada a praticar um aborto por imposição de Fernández, Yáñes ampliou suas denúncias. No testemunho, ela detalhou o que e como o ex-parceiro a agrediu física e psicologicamente.
A mulher forneceu detalhes sobre diferentes episódios de agressões e disse que apresentará novas provas, incluindo conversas e atestados médicos.
Entre as revelações mais recentes está a acusação de que Fernández a humilhava com frequência.
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Yáñes reafirmou, nesta terça-feira, 13, que as fotos publicadas de seu rosto e braço com hematomas são consequências da violência de Fernández.
Suposta amante do ex-presidente da Argentina
Em meio à sucessão de fatos relatados pela ex-primeira dama, testemunhas presentes à audiência em Madri dizem que Yáñes mencionou o nome de Cecilia Hermoso González, de 35 anos, como uma das amantes do ex-presidente da Argentina.
Cecília atuou como diretora de Comunicação Digital da Presidência, além de gerenciar a conta de Instagram do cão Dylan, mascote de Fernández.
A suposta amante teria começado a trabalhar no governo em 2017. Em 2020, Cecilia tornou-se chefe de comunicação digital, conforme decreto assinado pelo então presidente argentino.
Fernández nega acusações
Sobre as agressões, o ex-presidente nega estar envolvido. Diz que teve diversos desentendimentos com a ex-mulher. Contudo, assegura que nunca a agrediu fisicamente.
Em entrevista ao jornal espanhol El País, o ex-presidente argentino garantiu: “Nunca bati em mulheres”.